Publicado em 13/08/2024

Relacionamento com distribuidores: 12 estratégias de sucesso

Relacionamento com distribuidores: 12 estratégias de sucesso

Geofusion Laura Machado
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Na dança intrincada dos negócios modernos, as indústrias precisam melhorar continuamente a forma como conduzem o relacionamento com distribuidores. 

Afinal, esses parceiros estratégicos têm uma grande participação nos resultados amplos. Isso vai desde o sucesso das vendas até a expansão no mercado, especialmente em um país de dimensões continentais como o Brasil.

Você já refletiu sobre as iniciativas estratégicas mais eficazes quando o tema é relacionamento com distribuidores?

Continue lendo, pois aqui vamos te mostrar em detalhes:

  • por que é importante conduzir bem o relacionamento com distribuidores;
  • quais são os pilares do bom relacionamento com distribuidores;
  • como estabelecer parcerias com distribuidores;
  • em quais frentes trabalhar para melhorar a comunicação com distribuidores;
  • como e por que integrar o relacionamento com distribuidores e fornecedores;
  • e muito mais!

A importância do relacionamento com distribuidores

A qualidade do relacionamento com distribuidores é determinante na competitividade das indústrias. Ela dita a forma com que os consumidores finais receberão os produtos e serviços, uma vez que os intermediários, muitas vezes, são o contato mais imediato deles.

Na prática, as relações precisam ser de parceria, isto é, ambos os lados obtendo benefícios palpáveis. Do contrário, fica difícil manter a fidelidade e até motivar os canais de distribuição para contribuírem de maneira mais vertical com os resultados comerciais dos fabricantes.

Não é exagerado dizer, por exemplo, que os distribuidores são a face mais visível da marca junto aos shoppers. Eles podem ou não potencializar as estratégias definidas pela indústria junto aos pontos de venda (PDVs), o que influencia diretamente nos indicadores de receita e lucratividade.

Além disso, o relacionamento com distribuidores, quando bem pensado e executado, ajuda a companhia a alcançar comunicação orgânica junto aos clientes. Em outros termos, os parceiros podem alavancar a propaganda da marca fazendo com que ela alcance boa percepção e, portanto, seja lembrada.

Por fim, não se pode ignorar que bons canais de distribuição terceirizados facilitam a entrada em novos PDVs. 

Eles, portanto, contribuem para a expansão mercadológica da indústria de maneira sustentável — especialmente alcançando nichos que dificilmente seriam acessados por iniciativa própria do fabricante.  

As principais dimensões essenciais no bom relacionamento com distribuidores

Dê uma olhada na tabela a seguir e confira as frentes mais importantes na conformação de um bom relacionamento com distribuidores:

3 pilares do relacionamento com distribuidoresAções recomendadas
1. ProdutoDiz respeito a garantir que o distribuidor conheça as funcionalidades e especificações técnicas do produto. Além de estar capacitado para traduzir os benefícios reais para o comprador.– Ativações de trade marketing e anúncios direcionados- Promoção e treinamentos técnicos
2. AtendimentoRefere-se à experiência que o consumidor final terá no momento da compra, influenciando diretamente no valor percebido do produto.– Capacitação em boas práticas – Sensibilização para o sucesso do cliente
3. ReputaçãoExtensão da dimensão do produto, focada na percepção da qualidade, eficiência técnica e confiabilidade da marca junto ao mercado.– Branding estratégico- Participação em feiras e eventos- Envio de materiais informativos- Compartilhamento de feedbacks dos clientes

Como estabelecer boas parcerias com distribuidores

Veja, a seguir, algumas dicas práticas para estabelecer relacionamentos com distribuidores nas quais o espírito de parceria é o eixo central. 

1. Escolha dos tipos de distribuidor mais aderentes ao negócio

Tudo começa por balancear os perfis de distribuidores que ajudarão a companhia a se estabelecer e seguir avançando no mercado. 

Em linhas gerais, os fabricantes mais bem-sucedidos lançam mão de uma mescla composta por estes tipos de canais de distribuição parceiros:

  • Exclusivos: aqueles que trabalham unicamente com os produtos e serviços da indústria parceira; levam aos varejistas e/ou consumidores finais apenas itens da marca em questão.
  • Multimarcas: representam diversos fornecedores, inclusive podendo distribuir similares ou concorrentes diretos.

2. Seleção de bons distribuidores

Montado o primeiro “esboço” da quantidade de distribuidores exclusivos e multimarcas, o próximo passo é prospectar as parcerias. 

Essa etapa é um pouco mais sensível, pois diversas variáveis devem ser avaliadas antes mesmo de entrar em contato com potenciais distribuidores.

É válido verificar, por exemplo:

  • territórios de atuação;
  • experiência no mercado;
  • capacidade logística;
  • penetração em nichos de interesse da indústria;
  • entre outras frentes.

A depender do core business e até das linhas de produtos e serviços com as quais se trabalha, outros fatores entram na equação.

Seja como for, a busca ativa bem planejada e executada vai influenciar, lá na frente, a qualidade do relacionamento com os distribuidores. Afinal, sabendo o que se espera de cada um deles, fica mais fácil e eficiente estabelecer meios de contato, negociações, e assim por diante.

3. Desenvolvimento de parcerias comerciais

Posterior ou paralelamente à fase anterior, deve-se formalizar como se dará a parceria junto a cada distribuidor. Especialmente no que diz respeito a alinhar expectativas.

Essa iniciativa requer negociações minuciosas e o estabelecimento de acordos de níveis de serviços (SLA), bem como de contratos. Para tal, ambas as partes precisam chegar a denominadores comuns, propor e concordar com as cláusulas contratuais.

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Como ter uma boa comunicação com distribuidores

Veja agora algumas iniciativas que fortalecem o diálogo e, consequentemente, o relacionamento com cada parceiro comercial. 

1. Ferramentas e canais de comunicação

A escolha de ferramentas e meios de comunicação com distribuidores influencia diretamente na qualidade do diálogo. Inclusive porque a agilidade nos contatos não pode se sobrepor à qualidade das mensagens.

Por isso, é importante selecionar tecnologias e canais aderentes aos diferentes perfis de parceiros. Isso sem pecar pelo excesso, evitando ruídos e duplicidades de comunicação. 

2. Práticas recomendadas para boa comunicação

Independentemente dos modais e dos locais onde os diálogos vão se estabelecer, vale a pena ter sempre em perspectivas essas boas práticas:

  • comunicados claros e diretos;
  • fluxo constante de informações atualizadas sobre produtos e serviços;
  • suporte técnico e comercial proativo;
  • reuniões periódicas para alinhar expectativas e metas;
  • uso de soluções para monitorar e otimizar o relacionamento;
  • fornecimento e coleta de feedback construtivo, inclusive com reconhecimento da performance positiva;
  • acesso facilitado a materiais de marketing e treinamento;
  • adaptação das mensagens ao perfil e às necessidades de cada interlocutor;
  • transparência nas negociações e políticas comerciais;
  • promoção da colaboração mútua para solucionar problemas, mediar e reduzir conflitos e identificar oportunidades.

3. Estratégias para alinhar expectativas

No que diz respeito ao alinhamento de expectativas, especificamente, a boa comunicação é fundamental. 

Para isso, vale a pena lançar mão de iniciativas como: 

  • definir objetivos claros e compartilhados desde o início da parceria;
  • documentar todos os acordos e mudanças para evitar mal-entendidos futuros;
  • fomentar uma cultura de colaboração e confiança mútua;
  • garantir transparência em todas as etapas dos processos, desde os planejamento até as execuções.

4. Definição de metas e objetivos

Também é imprescindível estabelecer parâmetros sob os quais ambas as partes saibam exatamente o que se espera delas. 

Dentro disso, recomenda-se garantir que os objetivos e as metas sejam específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com prazos definidos, proporcionando um caminho claro para o sucesso.

Os distribuidores também devem saber por quais métricas e indicadores de desempenho serão avaliados. Isso facilita que eles mantenham o foco nas prioridades definidas. Ademais, reforça o que é esperado em termos de comprometimento com as estratégias da marca.

E mais: é fundamental que as metas e objetivos sejam revisados e atualizados periodicamente, conforme mudem as condições de mercado e as necessidades do negócio.

5. Feedback e melhoria contínua

Por fim, o feedback regular é essencial na comunicação com distribuidores. Ele ajuda a criar um ambiente de transparência e colaboração, onde os parceiros se sentem ouvidos e valorizados. 

Isso aumenta o engajamento ao passo que proporciona insights valiosos para ajustes nas estratégias de mercado. 

Aliás, a melhoria contínua deve ser um objetivo constante na parceria. Ela precisa ser focada em aprimorar processos, produtos e serviços, mas também manter as operações conjuntas em constante evolução.

Indicadores de desempenho no relacionamento com distribuidores

Confira, nos tópicos que seguem, um direcionamento para dimensionar os resultados das parcerias com distribuidores. 

1. Medindo a eficiência das parcerias

Aqui está uma lista com os principais indicadores de desempenho (KPIs) que ajudam a dimensionar a eficiência das parcerias com os distribuidores.

Volume de Vendas

Monitore o crescimento nas vendas realizadas por cada parceiro comercial. Faça isso comparando com as metas estabelecidas para avaliar se os objetivos estão sendo atingidos.

Cobertura de mercado 

Avalie a capacidade dos distribuidores de expandir a presença da marca em diferentes regiões ou segmentos, observando o aumento na penetração e alcance.

Qualidade no atendimento 

Recolha feedback sobre a experiência de compra. Isso pode incluir tempo de entrega, qualidade do serviço e suporte pós-venda oferecido pelos distribuidores.

Satisfação do distribuidor 

Faça pesquisas periódicas para medir o nível de satisfação dos distribuidores em relação ao suporte, à comunicação e aos benefícios a eles oferecidos.

Eficiência operacional

Acompanhe a eficiência dos processos logísticos, incluindo a precisão dos pedidos, tempo de entrega e gestão de estoques, para identificar áreas de melhoria.

Retorno sobre o Investimento (ROI)

Calcule o retorno financeiro da parceria em relação aos recursos investidos, considerando tanto os custos diretos quanto os indiretos, como treinamentos e suporte técnico.

2. Análise de resultados e ajustes necessários

Com base nos indicadores coletados nestes e em outros KPIs, procure detectar ​​tendências positivas ou negativas no relacionamento com distribuidores. 

Essa análise deve, primordialmente, oferecer uma base sólida para decisões estratégicas. Especialmente no sentido de implementar ajustes necessários para otimizar as parcerias. 

Com esse olhar analítico lançado regularmente, ficará mais fácil e certeiro realizar revisões de metas, mudanças em processos logísticos e aprimoramento do suporte. Além disso, sempre que necessário, propor e executar renegociação de termos contratuais.

Basicamente, ao agir com rapidez sobre os insights obtidos, a empresa assegura que suas parcerias com distribuidores continuem produtivas e alinhadas com seus objetivos de competitividade e ganho de mercado.

Relacionamento com fornecedores e distribuidores

Também é importante diferenciar a forma com que a companhia se relaciona com fornecedores e distribuidores. Isso porque, em muitas frentes, há similaridades, mas também aspectos distintos.

1. Diferenças e semelhanças

A relação com fornecedores geralmente foca na aquisição de matérias-primas, insumos ou serviços para a produção. 

Esse relacionamento é caracterizado por negociações diretas sobre preços, prazos e qualidade. E seu principal objetivo é garantir a continuidade do fornecimento, sem comprometer os processos produtivos ou os custos.

Já o relacionamento com distribuidores é orientado pela comercialização e entrega dos produtos e serviços a varejistas e consumidores finais. Aqui, o foco está na extensão do alcance de mercado, no suporte às negociações e na manutenção da imagem da marca.

Apesar das diferenças, há semelhanças no gerenciamento do relacionamento com fornecedores e distribuidores. 

Ambos exigem confiança mútua, transparência e compromisso com a qualidade. Além disso, requerem colaboração constante e reforços periódicos no alinhamento com os objetivos da empresa. 

2. Integrando ambos para melhores resultados

Fornecedores e distribuidores precisam ser conduzidos a contribuir para a cadeia de valor como um todo. Isso de maneira coesa, eficiente.

Uma estratégia eficaz é envolver os fornecedores nos processos de inovação e desenvolvimento de novos produtos. Isso pode acelerar o tempo de lançamento no mercado e garantir atendimento às demandas atuais.

Ao mesmo tempo, os distribuidores devem ter ciência das características e benefícios dos novos produtos desde o início. Assim conseguem promovê-los com mais eficácia, alinhando-se ao posicionamento de mercado desejado pela empresa. 

Além disso, compartilhar informações e previsões de demanda com ambos os parceiros pode otimizar toda a cadeia de suprimentos. 

Junto aos fornecedores, garante-se que as matérias-primas estejam disponíveis conforme necessário. Por outro lado, com distribuidores, evita-se falta de estoque, rupturas de gôndola, entre outros problemas nos PDVs.

Outro aspecto importante é o alinhamento de incentivos. 

Fornecedores e distribuidores devem ser recompensados por atingir metas que beneficiem toda a cadeia. Para isso, vale a pena lançar programas de bônus baseados em desempenho, por exemplo — buscando motivá-los a trabalhar com mais empenho para alcançar resultados comuns.

Finalmente, a tecnologia é uma excelente aliada nessa integração. 

Plataformas digitais que permitem o intercâmbio de informações em tempo real facilitam a coordenação entre a indústria e seus fornecedores e distribuidores. Elas também melhoram a transparência e a capacidade de resposta a mudanças de mercado, beneficiando todos os envolvidos.

Conclusão

O estreitamento do relacionamento com distribuidores é sempre algo em construção para as indústrias. Ele, em última análise, é constantemente atravessado pelas dinâmicas mercadológicas, exigindo melhorias estratégicas contínuas.

É preciso trabalhar o fortalecimento dos laços de parceria com alinhamento de expectativas, acordos bem formalizados, comunicação transparente, entre outras diversas frentes.

O que você achou das dicas que trouxemos aqui para te ajudar a pensar e executar um bom relacionamento com distribuidores?

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