Route to Market é um método comercialmente incentivado de alcançar, vender e realizar transações para gerar receita e lucro dentro de um mercado ou segmento-alvo identificado. Isso conforme definição da Gartner.
Obviamente, tem muito mais que pode ser dito sobre essa temática. Especialmente porque ela é importante para indústrias em busca de expansão sustentável.
E é isso que vamos fazer aqui, conduzindo a sua leitura pelos seguintes tópicos:
Acompanhe!
Route to Market (RTM) é, em termos bem diretos, o roteiro que uma empresa cria para colocar seus produtos nas mãos de seus clientes-alvo. Nele, aborda-se essencialmente a gestão de canais de distribuição.
Pense nisso como um GPS para a oferta: ele determina o caminho mais eficiente para chegar ao destino, o cliente. Isso considerando fatores como a escolha dos canais e a experiência do cliente — o varejista e, por consequência, o consumidor final.
Dito de outra forma, trata-se de uma estratégia que determina quais canais de distribuição servirão para entregar um produto aos seus compradores ideais. Ela é utilizada para atingir um objetivo de negócio específico ou acelerar o crescimento num determinado nicho mercadológico.
RTM é amplamente utilizado pelas companhias mais bem-sucedidas na busca por acelerar o crescimento.
Isso porque um de seus aspectos mais característicos é o processo de determinação de como as atividades são gerenciadas para atingir o valor desejado — para a própria organização e para seus clientes e/ou consumidores.
Também é válido acrescentar que as companhias normalmente praticam Route to Market logo após o Go-to-Market (GTM). Dessa forma, essas duas abordagens são pensadas em paralelo e implementadas em sequência.
Confira, na tabela a seguir, como Route to Market se diferencia de Go-to-Market:
Route to Market (RTM) | Go-to-Market (GTM) | |
Definição | Estratégia detalhada de distribuição e logística para entregar produtos. | Estratégia abrangente de lançamento de produtos ou serviços. |
Foco | Canalização e logística de distribuição. | Lançamento e comercialização das ofertas. |
Objetivo central | Otimizar a cadeia de suprimentos e a eficiência de distribuição para alcançar os PDVs desejados. | Alcançar sucesso comercial e adoção do mercado por meio de estratégias de posicionamento e promoção. |
Principais elementos | Redes de distribuição, parceiros de canal, armazenamento, transporte. | Proposição de valor, segmentação de mercado, canais de comunicação, precificação, ações promocionais. |
Aplicabilidade | Em indústrias com produtos físicos que necessitam de logística complexa. | Todos os tipos de produtos e serviços, especialmente novos lançamentos. |
Medidas de sucesso | Eficiência logística, custos de distribuição, cobertura de mercado. | Aquisição de clientes, crescimento de receita, market share, experiência do cliente. |
Desafios | Complexidade logística, gestão de custos de transporte e armazenamento, otimização de estoque. | Identificação do público-alvo correto, criação de mensagens eficazes, alinhamento entre Vendas e Marketing. |
→ Leia também:
Agora, tendo em mente que Route to Market é uma abordagem estratégica que é aplicada lado a lado com o Go-to-Market, confira um passo a passo para colocá-lo em prática.
Os dados mercadológicos desempenham um papel significativo na determinação dos canais certos ou da combinação de rotas para o modelo RTM.
As informações do mercado final, mais especificamente, fornecidas pelos representantes da empresa no mercado, distribuidores e outras partes devem ser integradas na estratégia.
Em síntese, é necessário fazer um bom dimensionamento do mercado. Com isso, entende-se com máxima precisão:
Em seguida, é preciso segmentar o mercado; subdividi-lo em categorias específicas e reveladoras das particularidades de cada público-alvo.
Isso normalmente é feito em cascata: inicia-se pelos canais até chegar aos perfis de consumidores, passando por localização geográfica, e assim por diante.
Essa etapa é bem percorrida se já houve um bom estudo mercadológico, uma vez que já se dispõe de dados suficientes para análises profundas.
Ela costuma ser um pouco mais demorada, pois é necessário obter informações demográficas, entre outras, e, a partir delas, extrair insights orientativos para a abordagem de RTM.
→ Leia também:
O próximo passo é a seleção criteriosa dos canais de distribuição que vão participar do Route to Market. Ele também requer máximo cuidado, pois nem todos os canais com parceria estabelecida servem para o endereçamento de determinados produtos.
Há casos em que se deve trabalhar diretamente com os varejistas; em outros, atacadistas e marketplaces são a melhor opção.
Para que essa avaliação, recomenda-se:
→ Leia também:
Quanto aos aspectos logísticos envolvidos em uma iniciativa de Route to Market, eles têm que ser dimensionados e planejados com máxima acuracidade.
É recomendável, por exemplo:
→ Leia também:
De modo bem amplo, mas sem perder de vista os detalhes granulares, o compliance deve estar sempre presente no planejamento e na execução de RTM.
Como essa abordagem estratégica é levada a cabo em parceria com canais de distribuição, esse cuidado ganha contornos bem marcados. Afinal, é preciso garantir que todos os envolvidos conheçam e respeitem as regulamentações e exigências legais vigentes.
Lembre-se: dentro do nosso próprio país, com suas dimensões continentais, muitas regras contábeis, fiscais, tributárias, sanitárias, entre outras, mudam de estado para estado.
Imagine o que é preciso estudar e cumprir quando se trata de exportar…
Em síntese, é muito importante ter uma boa assessoria jurídica para cuidar dos aspectos de conformidade nas mais variadas frentes do Route to Market.
Por fim, há todo o aspecto tecnológico envolvido em uma estratégia de RTM.
Neste contexto, uma metodologia essencial é o geomarketing que, por meio de uma ferramenta específica, permite analisar geograficamente o mercado para identificar os melhores locais para expansão e otimizar a distribuição.
Um exemplo de plataforma de geomarketing é a fornecida pela Geofusion para as indústrias mais bem-sucedidas neste tipo de iniciativa.
Utilizando o OnMaps da Geofusion, elas podem obter dados detalhados sobre o mercado, público-alvo, comportamento de consumo por localização e muito mais.
Dessa forma, tomam decisões mais assertivas, baseadas em dados concretos sobre onde e como comercializar produtos, maximizando assim o potencial de sucesso da distribuição.
Do ponto de vista das indústrias, Route to Market é uma abordagem estratégica focada em estabelecer e executar gestão de canais de distribuição. Ela anda lado a lado com o Go-to-Market, mais especificamente sendo implementada no momento de levar os produtos aos clientes.
Para um bom desempenho nessa iniciativa, as empresas precisam:
Que tal, nós conseguimos te mostrar o que é Route to Market e como implementar em seu negócio?
Aproveite para conferir um mateirial gratuito sobre a parceira entre indústria e varejo: