O termo Indústria 4.0 diz respeito a conectar sistemas e instalações de produção para gerar uma convergência digital entre as indústrias, suas funções e processos internos, como descreve a Gartner.
Também chamada de “Quarta Revolução Industrial”, é uma evolução da automação eletrônica que veio antes.
Ela, em síntese, introduz o consenso em torno de “sistemas ciberfísicos” e, em muitos casos, se conforma um modelo de negócio.
Globalmente, a estimativa é que o mercado em torno da Indústria 4.0 tenha uma taxa anual de crescimento (CAGR) de 20% até 2032.
Isso fará com que as tecnologias, os produtos e os serviços sob esse guarda-chuva superem em muito os 114,3 bilhões de dólares gerados em 2023, de acordo com estudo da Global Market Insights.
Sim, essa é uma temática bem instigante, inclusive porque está em movimento neste exato momento.
Vamos entendê-la em profundidade?
Continue lendo para ver em detalhes:
O desenvolvimento das tecnologias digitais propiciou a criação de novos métodos de produção industrial.
Especificamente baseados em automação do trabalho, robótica, inteligência artificial, internet das coisas e inteligência de dados, dentre outras inovações.
Surgiu então o conceito de Indústria 4.0.
Ele está intimamente ligado à utilização dessas tecnologias, coordenadas de modo a conferir competitividade aos negócios industriais.
Além disso, visa otimizar a eficiência da cadeia produtiva, adicionar valor aos produtos e serviços, racionalizar o uso dos recursos e customizar aplicações tecnológicas.
Ele também é conhecido como manufatura avançada ou Quarta Revolução Industrial.
No detalhe, considera-se este novo momento da indústria a mais recente das revoluções que introduziram inovações significativas nos meios de produção.
Isso desde a manufatura de alimentos em larga escala e as máquinas a vapor, nos séculos passados, até a automação experimentada a partir dos anos 1980.
A diferença é o ritmo de adoção: antes, eram necessárias décadas ou séculos até que uma tecnologia se tornasse padrão nas indústrias. Hoje, em poucos anos, uma tendência vira regra.
Quanto às principais tecnologias da Indústria 4.0, elas são muitas. Vão desde a computação em nuvem e a Internet das Coisas até a robótica avançada, passando por Big Data e Inteligência Artificial.
Ela também está alicerçada em aplicações como impressão 3D, sensores, softwares de conexão entre máquinas, simuladores, e muito mais.
Mundialmente, o termo surge no começo da década de 2010, na Alemanha.
No Brasil, a partir de 2013, aproximadamente, começamos a ver os primeiros avanços em direção a essa nova realidade.
Contudo, vale destacar: as tecnologias que compõem o quadro da Indústria 4.0 já vêm sendo desenvolvidas aos poucos no Brasil desde o começo da década de 2000.
Com o boom da internet no país, novos horizontes se abriram para o uso de dados também, o que gerou demanda para sistemas analíticos.
A partir de 2013, entretanto, vemos um esforço coordenado com o objetivo de tornar realidade a concretização da Indústria 4.0 em todos os setores possíveis. Isso visando alcançar o último estágio da transformação digital.
Esse esforço vem ganhando até mesmo o apoio estatal, com projetos e políticas que buscam organizar e incentivar a Indústria 4.0 no país.
Dê uma olhada na tabela a seguir para entender a linha do tempo que nos trouxe até a Indústria 4.0:
Revolução e período | Principais inovações | Impactos socioeconômicos |
Primeira Revolução Industrial→ Final do século XVIII a meados do século XIX | Máquina a vapor, mecanização da produção têxtil, ferrovias | Aumento da produção em massa, urbanização, crescimento das cidades e mudanças nas relações de trabalho. |
Segunda Revolução Industrial→ Final do século XIX a início do século XX | Eletricidade, motor de combustão interna, produção em massa (fordismo), telecomunicações | Expansão da industrialização para novos setores, aumento da produtividade, surgimento de grandes corporações e avanço na globalização. |
Terceira Revolução Industrial→ Década de 1960 a início do século XXI | Informática, automação, eletrônica, internet | Transformação digital da economia, desindustrialização de economias avançadas, surgimento da sociedade da informação e aumento da globalização. |
Quarta Revolução Industrial(Indústria 4.0)→ Início do século XXI até o presente | Inteligência artificial, internet das coisas (IoT), big data, automação avançada, robótica | Integração de tecnologias digitais com processos físicos, personalização em massa, mudança nos modelos de negócios, e desafios éticos e sociais relacionados à automação e inteligência artificial. |
O assunto Indústria 4.0 no Brasil é extremamente amplo. Por isso, podemos continuar mencionando mais exemplos para ilustrar como ele segue ganhando força.
Entre as aplicações práticas do que se pode fazer com as tecnologias que mencionamos, destacam-se: monitoramento das máquinas, manutenção preditiva e eficiência energética.
Além disso, análises preditivas para entender o comportamento dos clientes, o que fazer e quando fazer, indo até o monitoramento de impactos socioambientais.
Também é válido acrescentar que a Indústria 4.0 no Brasil segue evoluindo a cada dia, espelhando o crescimento no mundo inteiro.
O prognóstico é que continuemos observando mais tendências surgirem e empresas bem-sucedidas na implantação de modelos de industrialização digital em todos os setores.
Essa adequação traz produtividade, redução de custos e eficiência. Em síntese, observam-se efeitos positivos nos mais diversos âmbitos.
Confira, a seguir, um detalhamento dos pilares e das tecnologias cruciais para desenvolver e cultivar a Indústria 4.0 no Brasil e no mundo.
A Computação em Nuvem (Cloud Computing) diz respeito à arquitetura flexível que possibilita o armazenamento de dados e o processamento deles em larga escala.
É uma tecnologia que envolve a virtualização de recursos computacionais, como um processador ou disco de armazenamento. Assim, esses elementos ficam disponíveis para clientes via internet, de forma remota.
Isso possibilita que os clientes consigam apenas contratar recursos de computação, em vez de comprá-los de fato.
Quanto a seus benefícios, a cloud oferece maior flexibilidade, segurança, capacidade de desempenho, entre outros predicados essenciais para o avanço da Indústria 4.0 no Brasil.
Internet das Coisas (Internet of Things, ou IoT) é, basicamente, uma rede de sensores, softwares e outras tecnologias conectados via internet para gerar dados que possibilitam o monitoramento de objetos.
Assim, eles produzem informações para povoar o Big Data, que, por sua vez, será processado por algoritmos de Inteligência Artificial.
O Big Data em si não é uma tecnologia, mas sim um conceito-chave, que abriga em seu leque diversos outros.
Ele representa o dilúvio de dados gerados a cada dia nos sistemas internos e externos atualmente.
Esses dados são produzidos em larga escala, em tempo real e sem uma estrutura definida.
Além disso, apresentam potencial para ajudar nas decisões da empresa. Assim, demandam uma série de ferramentas analíticas capazes de processar e entender o que eles têm a dizer.
Com esse processamento inteligente, temos um conjunto de dados que viram insights para tomada de decisão estratégica.
Chamamos de Inteligência Artificial (IA) a subárea da computação que estuda mecanismos de inteligência em máquinas. Basicamente, ela estuda e aplica formas de fazer os sistemas automatizarem tarefas humanas, com agilidade e precisão.
A IA hoje está intimamente ligada ao Big Data, uma vez que é usada como uma força de trabalho para processar as massas de dados e gerar valor.
Além disso, ela ajuda a identificar padrões, tendências, caminhos e correlações nesses dados, de modo a sugerir insights escondidos e dicas interessantes para ajudar nas decisões.
A diferença básica para o Big Data é que, quando falamos em IA, estamos falando das técnicas, dos algoritmos usados para preparar uma máquina para processar os dados em tempo real, e não dos dados em si.
Digital Twins, os gêmeos digitais, são réplicas de objetos físicos, processos ou sistemas existentes na realidade. Eles costumam ser utilizados para simular, monitorar e analisar demandas empresariais.
Os digital twins são criados a partir de dados coletados do mundo real, visando otimizar aspectos operacionais em diferentes segmentos. Algumas dessas aplicações em diferentes áreas são:
Também chamado de “segurança cibernética”, esta é uma área que procura proteger computadores, dados e dispositivos de ataques que visam vazar informações, roubar dinheiro, entre outras ameaças às pessoas e empresas.
Para isso, as companhias investem em proteção contra vírus, malwares, ransomwares, phishing, ou qualquer tipo de violação em sistemas tecnológicos.
Por conta de invasões como essas, há regulamentos de prevenção que foram criados por organizações com o intuito de evitar riscos de perdas tanto de pessoas físicas quanto jurídicas.
No Brasil, por exemplo, vigora a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que dispõe sobre medidas e cuidados a serem tomados em relação a dados privados.
A Realidade Virtual (VR) consiste em fazer imersões em ambientes digitais por meio de dispositivos, de modo a proporcionar uma experiência simulada aos usuários.
Ela pode ser imediata, não imediata ou total.
No primeiro tipo, são utilizados equipamentos como capacetes ou óculos especiais que permitem a visualização de um espaço fictício. Um exemplo de uso disso na indústria é no treinamento de funcionários que operam máquinas pesadas.
No caso da não imediata, a representação ocorre em uma tela, como televisores, monitores e computadores. Ela geralmente é aplicada para revisão de projetos, apresentações de produtos ou mesmo planejamentos logísticos.
Já na realidade virtual total ocorrem ainda experiências sensoriais, ou seja, as pessoas podem tocar ou mesmo sentir cheiros que não existem no mundo real de fato.
Costuma ser aplicada no preparo de colaboradores que lidam com situações de risco, para que saibam como agir em momentos de emergência.
A manufatura digital utiliza recursos avançados de robótica, automação e análise de dados para melhorar a eficiência de processos de produção.
No setor de alimentos e bebidas, por exemplo, serve para monitorar a cadeia de suprimentos em tempo real ou até mesmo personalizar produtos de acordo com as preferências do shopper.
Caso similar ocorre na confecção de roupas, porém com o acréscimo de que neste segmento também pode ser usado para reduzir estoques e desperdício de material, além de os clientes poderem experimentar peças com recursos de realidade aumentada.
Na indústria farmacêutica, a manufatura digital é inclusive uma tecnologia aplicada para pesquisa e desenvolvimento de remédios, os quais são fabricados por meio de impressão 3D – que, aliás, é nosso próximo tópico.
A manufatura aditiva consiste em uma forma de produção por meio de camadas criadas digitalmente. Funciona como um jogo de lego, em que os objetos são criados peça por peça até que o item seja finalizado.
Um exemplo desse tipo de processo é a impressão em três dimensões, que tem entre suas vantagens uma grande economia de insumos — já que é produzido apenas o necessário – e a possibilidade de criar protótipos personalizados em massa.
Ou seja, os produtos podem ser fabricados de acordo com as necessidades de cada cliente, sem que haja custos adicionais para este resultado.
Além disso, a manufatura aditiva suporta diversos tipos de materiais, como cerâmica, metal, plástico, entre outros.
A constante dinamicidade do setor industrial é característica de um mundo movido à inovação. Diante disso, cabe falarmos sobre os principais benefícios da Indústria 4.0.
Confira, a seguir, quais são eles.
Fábricas inteligentes estão permitindo a redistribuição de recursos de atividades manuais e rotineiras para trabalhos de maior valor, automatizando equipamentos e máquinas, por exemplo.
A eficiência e a produtividade aumentam, e as indústrias “ficam mais inteligentes” na forma como aproveitam capital humano valioso.
Novas tecnologias também estão tornando consideravelmente mais fácil monitorar todos os aspectos do processo de fabricação — do chão de fábrica ao back office.
Além disso, problemas podem ser identificados mais rapidamente, traduzindo-se em menos tempo de inatividade, uma meta particularmente importante para companhias com linhas de produção de alto custo.
Outro benefício notável da Indústria 4.0 é a garantia de qualidade aprimorada.
Com menos envolvimento humano em muitas partes de uma fábrica inteligente, por exemplo, é possível uma execução mais consistente e menos propensa a erros.
É mais fácil calibrar e manter a robótica do que levar em consideração todas as variáveis que podem entrar em jogo com atividades conduzidas por pessoas.
Para setores como biotecnologia e eletrônica, onde os detalhes microscópicos de fabricação são importantes, consistência e precisão são de grande importância.
Em síntese, execução detalhada, de alta qualidade e previsível significa melhores resultados comerciais.
Menos erro humano, menor variabilidade de produção, maior visibilidade do trabalho e monitoramento em tempo real levam a uma vantagem competitiva para os fabricantes.
A era da digitalização está permitindo que eles sejam mais criativos e levem inovações ao mercado muito mais rápido; implantem recursos para atividades de maior valor, melhorem os tempos de ciclo e acelerem as melhorias de processo.
Mais inovação entregue em um ritmo mais rápido pode aumentar significativamente a trajetória de crescimento de uma organização. Em paralelo, maior visibilidade nas operações gera mais controle sobre os processos de fabricação
Basicamente, o uso de novas tecnologias no setor industrial está na vanguarda da Indústria 4.0, elevando o grau de visibilidade em todas as áreas de negócios.
Assim, com mais transparência, vêm oportunidades de analisar e alterar prontamente áreas que não estão funcionando ou que simplesmente não estão otimizadas.
O que antes era fortemente impulsionado por documentação em papel e/ou e-mail, por exemplo, agora está sendo operado por dados em tempo real e com fluxos de trabalho finamente executados.
As plataformas de automação de fluxos operacionais e gerenciamento de processos estão ganhando força significativa na manufatura.
Isso à medida que as organizações percebem que precisam olhar além do trabalhador da fábrica para encontrar maneiras de melhorar seus negócios.
Em qualquer empresa, aquelas que prosperam e se destacam são aquelas onde a colaboração e o compartilhamento de ideias são facilitados e/ou totalmente habilitados.
No entanto, ter uma cultura de “inovação” simplesmente não é suficiente na arena competitiva de hoje.
É aí que as tecnologias da Indústria 4.0 facilitam a incorporação total da capacidade colaborativa e a orquestração do trabalho de ponta a ponta.
Graças aos avanços tecnológicos nas plataformas de comunicação e automação de tarefas, a cooperação entre departamentos e o compartilhamento de ideias aumentaram exponencialmente.
Isso resulta em:
Entre as muitas vantagens da Indústria 4.0, uma das mais significativas é a capacidade aumentada de tomar decisões mais informadas.
Ela potencializa resultados no processo de produção, além de incrementar inovações no modelo de negócio.
Devido em grande parte a um aumento na captação e no processamento de dados, a Indústria 4.0 permite que as lideranças decidam com base em informações concretas em vez de crenças ou vieses.
A Indústria 4.0 também aumentou o poder de personalização no setor industrial.
Assim, é possível atender a um número cada vez maior de clientes, com demandas variadas, com o objetivo de fidelizá-los e gerar valor contínuo.
As tecnologias digitais permitem entender completamente o perfil do cliente, o escopo de seu trabalho e as nuances envolvendo os clientes deles.
Com isso, fica mais fácil desenvolver produtos e serviços sob medida para cada nicho de mercado no qual uma companhia quer entrar ou crescer.
As tecnologias 4.0 favorecem a especialização do trabalho das empresas, com melhores mecanismos para gerar eficiência, precisão e agilidade.
Por outro lado, a Indústria 4.0 também gera um impacto enorme na gestão. Os líderes contarão com dados saudáveis e limpos para ajudar na tomada de decisão em todos os pontos.
Com dados mapeados e tratados por sistemas que buscam identificar padrões e tendências, é viável reduzir a fricção e agilizar as decisões, com menos erros.
Essas decisões estão relacionadas à expansão da empresa, novos produtos, novas oportunidades ou até mesmo novas formas de agradar e atrair os clientes. Tudo isso com maior probabilidade de acerto.
A implementação de recursos tecnológicos muitas vezes tem um custo inicial elevado. Seja no desenvolvimento de ferramentas, seja na contratação de alguma que já exista.
Além disso, é necessário também investir em treinamento de profissionais que vão utilizar as ferramentas e as máquinas inteligentes.
Outro aspecto é o fato de o nicho tecnológico ser dominado por poucas empresas gigantescas, formando oligopólios e monopólios, o que dificulta a entrada de novos players.
A vulnerabilidade também é uma questão em relação à Indústria 4.0.
Isso porque, com muitos dados concentrados em meios digitais, as companhias ficam mais suscetíveis a sofrerem ataques cibernéticos. Portanto, é importante que elas contem com sistemas robustos de segurança da informação.
Lá em 2018, quando ganhava força o tema da Indústria 4.0 no Brasil, o total de empresas que adotavam as novas tecnologias que a conformam era de apenas 2%, de acordo com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
De lá para cá, não se pode dizer que os avanços foram muito grandes – inclusive porque, em âmbito global, a industrialização não deu grandes saltos nos últimos anos.
Contudo, como nosso país tem dimensões continentais, algumas estatísticas merecem destaque.
Por exemplo: o mercado nacional em torno da Indústria 4.0 deverá atingir 6.230,29 milhões de dólares até 2027, crescendo anualmente 10,91% durante o período, segundo estimativa da IndustryARC.
Basicamente, as dificuldades enfrentadas pelo Brasil na implementação da Indústria 4.0 incluem déficit de mão de obra qualificada e de infraestrutura tecnológica. Além disso, há necessidade de maiores investimentos em pesquisa e desenvolvimento.
Para que as empresas do país cheguem ao patamar competitivo dos negócios de outros mercados, é necessário pelo menos uma década de esforço contínuo.
Podemos mencionar as seguintes dimensões prioritárias para a adoção da Indústria 4.0 no Brasil:
Essas dimensões incluem tanto fatores internos quanto externos. Para a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), favorável a uma ampla agenda de reformas públicas, ainda há desafios quanto ao ambiente de negócios no Brasil.
Mas as empresas não pretendem esperar para buscar a inserção no contexto global da Indústria 4.0.
Vale a pena observar o esforço estatal para uma reindustrialização do país, com vistas ao futuro — o que inclui a Indústria 4.0.
Vide o programa Nova Indústria Brasil, lançado em janeiro de 2024 com o objetivo de impulsionar e modernizar o setor industrial até 2033.
A iniciativa prevê investimentos de 300 bilhões de reais até 2026, principalmente através de financiamentos do BNDES.
Isso a partir de seis missões principais focadas em áreas como agroindústria, saúde, infraestrutura urbana, tecnologia da informação, bioeconomia e defesa.
As medidas incluem subsídios, empréstimos com juros reduzidos, incentivos tributários e o uso de compras públicas para estimular setores estratégicos, visando aumentar a produtividade, inovação e competitividade da indústria nacional.
A Indústria 4.0 tem provocado as empresas a adotarem novas tecnologias no país. Só assim será possível melhorar a eficiência e a agilidade nos processos.
Obviamente, conforme já pontuamos, existem desafios a serem ultrapassados – inclusive no que diz respeito à desigualdade social.
Ela é um dos principais aspectos que precisam ser resolvidos para que haja mais inovação e mudanças no mercado como um todo, e no setor industrial especificamente.
A Indústria 4.0 tem gerado mudanças no dia a dia de trabalho das pessoas. Por um lado, alguns empregos acabam deixando de existir; por outro, surge a demanda por profissionais que tenham competências relacionadas às novas tecnologias.
Ou seja, o mercado tem aberto cada vez mais vagas para quem entende de análise de dados, robótica, entre outras habilidades técnicas do tipo.
Ao mesmo tempo, o segmento de startups anda se expandindo, fazendo com que sejam criadas oportunidades no empreendedorismo.
Além disso, a pandemia de Covid-19 acelerou muitos processos dentro das companhias, fazendo com que elas adotem novos modelos de negócios e utilizem ferramentas digitais em seu cotidiano.
Empresas que aderem a recursos tecnológicos ganham vantagem em relação à concorrência.
Isso porque elas conseguem automatizar diversos processos e obter mais agilidade em suas entregas, inclusive customizando seus produtos de acordo com o perfil de cada cliente — consequentemente, gerando maior satisfação.
Como resultado, passam a ter mais market share e atrair novos consumidores interessados em suas ofertas.
Porém, enquanto esses aspectos acabam fortalecendo as companhias, em empregabilidade o conhecimento de como manusear ferramentas digitais faz com que alguns profissionais tenham mais oportunidades do que outros.
Ou seja, as pessoas acabam tendo que se adaptar a essas novas exigências, de modo que o mercado de trabalho também se torne mais disputado.
Uma das consequências positivas da Indústria 4.0 é o surgimento das fábricas inteligentes.
Elas são instalações industriais digitalizadas; usam dispositivos conectados, máquinas e sistemas para coletar e compartilhar dados continuamente. Isso para informar decisões para melhorar processos, bem como abordar quaisquer problemas que possam surgir.
Em uma dimensão ainda mais prática, esse conceito gira em torno da promoção de comunicações entre máquinas e sistemas integrados – especialmente visando impulsionar a colaboração entre produtores e os demais integrantes da cadeia de valor.
Estamos falando, portanto, de um grande avanço na automação; uma nova forma de gerir e operar linhas de produção, de maneira mais conectada e flexível, especialmente por meio da obtenção e do processamento de dados em tempo real.
Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos mais de 85% dos players do setor industrial acreditam que as fábricas inteligentes serão o motor da competitividade até 2025.
E mais: 83% deles admitem que essa nova realidade já está transformando a maneira de criar e levar ao mercado novos produtos, de acordo com a Deloitte.
Em síntese, essas são as características mais evidentes das fábricas inteligentes que estão surgindo na esteira da Indústria 4.0 e que, em larga medida, vêm definindo o futuro da produção industrial:
Como você viu, são inúmeras as possibilidades de atuação na Indústria 4.0, que passa a ter velocidade em diversas etapas de suas entregas.
De nossa parte, podemos acrescentar que uma dessas formas de trabalho consiste em utilizar a inteligência geográfica. Isto é, obter informações a respeito da localização de distribuidores, vendedores, público-alvo e pontos de venda.
Esses usos ocorrem, por exemplo, para indústrias de bens de consumo identificarem lojas a serem prospectadas e até mesmo realizarem a gestão de territórios de atuação da equipe comercial.
O Geofusion Intelligence é o software ideal para esses tipos de análises e criação de estratégias.
Ele possui dados atualizados e confiáveis sobre população, empresas e oportunidades de mercado em todos os 5.570 municípios do país. Dessa forma, contribui com os players mais bem-sucedidos do setor industrial no Brasil.
Quer entender como o Geofusion Intelligence proporciona a competitividade estratégica que leva organizações rumo à Indústria 4.0? É só acessar:
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