Também chamada de location intelligence ou geomarketing, a inteligência geográfica é o estudo de variáveis espaciais ou geográficas capazes de explicar fenômenos. Sejam eles sociais, econômicos ou ambientais — entre outros.
Ela é essencial para que as empresas compreendam onde estão investindo seu capital. Isso porque, por meio de grandes volumes de dados, pode revelar estruturas, relações, processos e insights para tomar decisões mais bem-informadas.
Na prática, a inteligência geográfica pode influenciar diversas questões sobre a implantação e o crescimento dos negócios. Por exemplo, demonstrando os melhores locais para alcançar clientes com eficácia. E, consequentemente, facilitando o alcance de objetivos como ampliação do market share, faturamento, geração de receita e lucratividade.
Vamos entrar mais a fundo neste tema?
Continue lendo, pois aqui vamos te mostrar:
Vamos lá?
Inteligência geográfica é o produto resultante da coleta, processamento, análise, avaliação e interpretação de informações geográficas. Bem como de conceitos e teorias sobre entidades ou áreas, como descreve Jeremy W. Crapton, da Oxford University.
Seguindo neste sentido conceitual, é correto afirmar que a inteligência geográfica une conteúdo e métodos geográficos por meio de análises espaciais, técnicas e ferramentas tecnológicas. Isso em níveis de:
Em termos mais empresariais, ela assume o status de uma área que lida com a avaliação minuciosa das regiões nas quais as companhias atuam ou pretendem atuar.
Com um estudo de inteligência geográfica é viável, por exemplo, saber os melhores locais para abertura de lojas ou unidades de produção. Ao mesmo tempo, mapear e conhecer em profundidade consumidores, fornecedores, potenciais talentos, entre outros stakeholders, nos arredores.
Assim, é possível referenciar um negócio em um determinado espaço, de acordo com as suas intenções e detectar as oportunidades que podem ser aproveitadas.
No detalhe, dados oficiais, públicos e privados, são usados para:
Não é exagero dizer que a inteligência geográfica é uma forma eficiente de planejar vendas, expansão de unidades, realizar ações de trade marketing, compreender hábitos do público-alvo e entender a viabilidade de um negócio.
Isso porque ela possibilita às empresas ir além de informações estáticas, que são dados “soltos”; proporciona uma adequada avaliação e aplicação nos problemas geográficos referentes a cada necessidade de mercado.
Em suma, por meio de tecnologias e método de inteligência geográfica, pode-se entender e analisar as opções que uma companhia tem em um determinado território. Com isso, solucionar todas as questões relacionadas ao espaço e posicionamento.
Entenda, abaixo, a história da inteligência geográfica:
No século XIX, o médico John Snow trabalhava para controlar uma epidemia de cólera que tomou conta de Londres. Em 1854, ele usou inteligência geográfica para mapear os casos da doença em pontos importantes da cidade, como poços d’água.
Ao notar a proximidade dos doentes com um poço da cidade, Snow descobriu que a transmissão da doença estava acontecendo devido à falta de tratamento no sistema de esgoto da região.
O “mapa da cólera”, como ficou conhecido, foi um dos primeiros criados para usos além de estritamente geográficos.
Quanto aos primeiros estudos de inteligência geográfica voltados para os negócios que se tem notícia, eles surgiram na década de 1930 nos Estados Unidos.
William Applebaum, considerado fundador do geomarketing, era um administrador de uma rede de supermercados. Ele começou a perceber que a localização dos clientes e dos concorrentes tinha relação com o sucesso ou o insucesso de cada unidade sob seu gerenciamento.
Então, começou a usar mapas para fazer essa relação entre concorrentes e clientes.
Aqui no Brasil, na década de 1980, o cenário era desafiador, pois não existia tecnologia voltada a mapas. Por exemplo, um diretor de banco precisava sobrevoar a cidade em um helicóptero para escolher o melhor local para a instalação de uma nova agência.
As empresas que entendiam o valor e a necessidade de estudar sua estratégia geograficamente, compravam grandes mapas, pregavam-nos na parede e marcavam os locais estratégicos com alfinetes.
Foi somente em 1990 que a comercialização de mapas digitais e de base de dados sociodemográficas começou a se difundir. E, por fim, nos anos 2000, a inteligência geográfica foi aprimorando sua tecnologia.
O Google Maps, que fez as pessoas se familiarizarem com o uso de mapas como software, só chegou em 2007.
Hoje, o apoio de ferramentas sofisticadas, como é o caso do OnMaps, está nos mais diversos setores da economia. Não ficamos mais perdidos ao olhar para um mapa, nos acostumamos a olhar, usar e analisar tudo no computador ou no celular.
Muita gente usa parte da inteligência geográfica sem nem se dar conta — por exemplo, organizando uma viagem ou indo ao trabalho.
Nesse planejamento, você provavelmente se atenta aos horários dos transportes, lugares com maior ou menor fluxo de pessoas e veículos, iluminação de ruas e estradas e disponibilidade de estabelecimentos abertos, certo?
Isso geralmente é feito com o auxílio de algum GPS, como os de aplicativos e smartphones — que, afinal, são justamente softwares que reúnem dados geográficos em alta velocidade para facilitar escolhas do cotidiano.
Essa aplicação tem sido cada vez mais frequente também em anúncios que chegam pelas redes sociais.
Basicamente, a partir de informações de onde o público-alvo das marcas está, elas elaboram campanhas com o intuito de atrair consumidores com perfis específicos.
No entanto, o uso de estratégias como essas é bem mais amplo no mercado. Ele abrange:
Há uma série de benefícios da inteligência geográfica para as organizações.
Com essa abordagem, é possível explorar dados georreferenciados para direcionar estratégias de marketing, planejar a expansão de lojas, segmentar o mercado com maior eficácia e muito mais.
Vamos ver um detalhamento do que a inteligência geográfica pode proporcionar para os negócios?
Confira a seguir.
Com inteligência geográfica, é possível segmentar o mercado de forma mais precisa, considerando geometrias espaciais, como municípios, bairros e ruas, chegando a detalhes a nível de quarteirão.
Dessa forma, é possível identificar com maior exatidão onde estão seus potenciais clientes.
Ao usar dados geográficos, sua empresa pode compreender melhor o comportamento e as preferências dos consumidores em diferentes regiões.
Por meio de informações como potencial de consumo, renda média, nível de instrução e outras características demográficas, suas ações de marketing e vendas se tornam mais relevantes.
Além disso, é possível desenvolver produtos e serviços adaptados às necessidades e hábitos de consumo específicos de cada região.
Indústrias de bens de consumo também se beneficiam grandemente da inteligência geográfica.
Com dados de localização, é possível analisar densidade populacional, tendências de consumo e a gestão de territórios da força de vendas.
Assim, identificam os melhores locais para prospectar pontos de venda, reduzindo custos logísticos e melhorando a eficácia da distribuição.
A inteligência geográfica também permite uma análise mais aprofundada da concorrência.
Com a ferramenta certa, é possível mapear os concorrentes diretos e indiretos, identificando oportunidades de mercado, gerando insights para um melhor posicionamento das suas unidades e possibilitando desenvolver estratégias para se destacar.
Um dos maiores benefícios da inteligência geográfica é um planejamento de expansão mais preciso e eficaz.
Analisando dados em mapas, como potencial de consumo, perfil socioeconômico das regiões e mapeamento dos concorrentes, sua empresa consegue identificar os locais mais promissores para abertura de novas unidades.
Isso reduz os riscos e aumenta as chances de sucesso do seu processo de expansão.
Dados geográficos são bastante utilizados no Brasil por grandes e médias empresas que buscam aumentar capilaridade e potencializar vendas.
As diferenças estão, basicamente, nos objetivos de cada companhia, bem como nas particularidades de cada segmento de atuação.
Com isso em mente, conheça algumas formas de aproveitar os benefícios da inteligência geográfica em diferentes tipos de negócios.
No setor varejista, é bastante comum o uso de inteligência geográfica para estratégias de expansão.
Isso porque quanto maior o número de consumidores com as características buscadas pela companhia em uma região, também será maior a probabilidade do ponto comercial obter uma boa performance.
Por exemplo, imagine uma marca de roupas com foco no público infantil: o ideal para ela é que suas lojas estejam próximas de lugares que tenham quantidade relevante de famílias com filhos, certo?
Em uma análise de geomarketing, bastaria utilizar um software para descobrir quais são esses lugares, além de identificar também fatores como renda média local e o quanto essas pessoas pretendem gastar por ano com esse tipo de produto.
→ Para exemplificar, veja abaixo uma análise de inteligência geográfica feita utilizando um software especializado:
Em tons mais escuros de rosa estão as microáreas de São Paulo que possuem maior potencial de consumo para roupas infantis. Já as microáreas em tons mais claros apresentam menor intenção de compra.
Como é possível perceber, o potencial de consumo para essa categoria é mais forte nas áreas mais centrais da capital paulista. Destacam-se, nesta análise, as microáreas Morumbi, Pompeia e Santana.
Um grande desafio para empresas do segmento é encontrar os pontos de venda aderentes às categorias de produtos que elas produzem.
Em muitos casos, essa prospecção precisa ocorrer em mais de um bairro ou mesmo cidade ao mesmo tempo. Sendo assim, como descobrir locais com potencial em áreas às vezes pouco conhecidas ou até mesmo inexploradas pela equipe comercial?
Realizando um mapeamento de inteligência geográfica, essas companhias conseguem descobrir não apenas PDVs que ainda não foram cobertos pela equipe comercial, mas também o perfil da população do entorno.
Desta forma, elas direcionam sua busca de maneira ainda mais estratégica, focando nos estabelecimentos mais próximos de seus consumidores ideais, consequentemente alavancando os resultados de sell in e sell out.
→ No mapa acima, você pode ver o mapeamento de açougues nas microáreas de Belo Horizonte.
Além disso, analisamos as regiões com maior potencial de consumo para carnes. As áreas em tons mais escuros de azul possuem maior potencial, enquanto as áreas em tons mais claros, menor potencial.
Perceba como grande parte dos açougues estão posicionados nas microáreas com maior potencial de consumo, mas ainda há espaço para novas unidades.
Ainda que dados sobre localidades sejam bastante utilizados em canais digitais nos dias de hoje, essa aplicação está longe de ser a única no que se refere a marketing e comunicação.
Ao andar na rua, você já deve ter reparado que as propagandas veiculadas em banners e outdoors não são as mesmas em uma cidade inteira – e talvez já tenha se perguntado quais os critérios para isso.
Nessas divulgações out of home, é comum que as agências procurem posicionar suas ativações em lugares com alto fluxo de pessoas, como metrôs e pontos de ônibus, além de estarem próximas dos serviços que pretendem promover.
→ No mapa acima você pode ver o fluxo de pessoas e veículos de transporte, análise geográfica conhecida como fluxo de passantes, na região de Ipanema, no Rio de Janeiro.
Você pode entender o fluxo da seguinte forma:
Perceba como o fluxo é maior perto da praia, onde as pessoas aproveitam seus momentos de lazer e o comércio se beneficia.
Como você percebeu, estratégias de análise geográfica podem ser utilizadas para diversos fins, nos mais variados segmentos do mercado.
A boa notícia é que varejo e indústria podem aproveitar o sistema de inteligência geográfica da Geofusion, líder no mercado nacional.
Além das análises que você viu neste artigo, a ferramenta facilita o acesso a diversos outros aspectos sobre o público, como gênero, nível de instrução, renda média e faixa etária.
Além disso, facilita a descoberta do número de moradores nos domicílios dos mais de 5.550 municípios do país, além de proporcionar visualização de dados atualizados sobre o fluxo de passantes, mapeamento dos concorrentes, entre outras informações relevantes para os negócios.
A solução da Geofusion capta informações relevantes de georreferenciamento, em nível macro e também granular. Com ela, muitas organizações estão reduzindo custos na hora de estudar o mercado e decidir sobre:
→ Dê o play neste vídeo e entenda como a plataforma da Geofusion proporciona inteligência geográfica para as empresas mais bem-sucedidas no Brasil:
A inteligência geográfica representa uma ferramenta poderosa para as empresas. Ela combina dados geográficos com análise avançada para revelar insights profundos sobre tendências de mercado, comportamento do consumidor, oportunidades de expansão e muito mais.
Integrando conteúdo e metodologias geográficas com tecnologias avançadas, essa área proporciona uma compreensão mais rica e detalhada dos ambientes avaliados. Isso melhora substancialmente a tomada de decisões estratégicas, inclusive no que diz respeito à alocação de recursos.
Para levá-la a cabo, é preciso investir em tecnologia adequada. Especialmente, plataformas que permitem a coleta, análise e visualização de dados espaciais precisos e que facilitem a modelagem de cenários e a integração de informações para uma compreensão holística dos fenômenos estudados.
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