Publicado em 29/02/2024

Varejo alimentar: conheça os 9 tipos do mercado

Varejo alimentar: conheça os 9 tipos do mercado

Geofusion Victor Melo
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O varejo alimentar tem uma força avassaladora no Brasil. Apenas o setor supermercadista, por exemplo, movimenta ao menos 7,03% do PIB nacional, segundo levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Esse é um ecossistema de negócios historicamente conhecido por sua capacidade de reconfiguração, sendo que, nos últimos anos, vem se moldando para atender às demandas dos consumidores, especialmente em um contexto de inflação e redução do poder de compra da população.

Ao mesmo tempo, há dados que demonstram claramente que o varejo de alimentos é um nicho excelente para investimentos – seja por quem quer empreender abrindo pontos de vendas, seja para a negociação de ações em bolsa, entre outras frentes.

Vamos olhar para esse mercado com a devida profundidade? Continue lendo, pois aqui vamos te mostrar:

  • o que é, exatamente, o varejo de alimentos;
  • em quais tipos ou categorias ele se divide;
  • qual deles é o ideal para se investir;
  • e muito mais!    

O que é varejo alimentar?

Por definição, o varejo de alimentos é o setor do comércio dedicado à venda de produtos alimentícios ao consumidor final.

Ele abrange uma ampla gama de estabelecimentos, incluindo supermercados, mercados locais, lojas de conveniência, delicatessens, padarias, açougues, feiras livres e até mesmo plataformas de venda online. 

Dentro do varejo alimentar, a variedade de produtos comercializados é bastante ampla, incluindo itens frescos como frutas, verduras, carnes e peixes, além de produtos embalados e processados, bebidas, laticínios, congelados, entre outros. 

Do ponto de vista empresarial, pode-se dizer que este é um segmento da economia marcado pela gestão logística de alta complexidade

Isso porque ao longo de toda a cadeia se faz necessária a implementação de práticas que garantam a segurança alimentar, a frescura das mercadorias, a agilidade de distribuição, entre outras frentes.

Outra característica marcante do ecossistema varejista alimentar é a constante busca pela melhoria na experiência de compra do consumidor

Cada vez mais também se observa um movimento de oferecimento de produtos orgânicos, sustentáveis e de origem rastreável. Isso em resposta à crescente demanda dos consumidores por saúde e baixo impacto socioambiental.

Com o avanço tecnológico e as mudanças nos hábitos de consumo, o varejo alimentar tem se adaptado para oferecer mais conveniência e personalização nas experiências de compra. 

Logo se observa o avanço do e-commerce, cujo sucesso está atrelado a entregas rápidas, além de transações seguras e outras frentes de eficiência operacional e a satisfação do cliente.

Em suma, o varejo de alimentos é mais que essencial, ele também é dinâmico e desempenha um papel determinante na economia e no bem-estar social.

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Qual o cenário do varejo alimentar no Brasil e no mundo?

Em nível global, o mercado do varejo alimentar foi avaliado em 11,9 bilhões de dólares em 2023 e deverá crescer a uma taxa média anual de 3,2% de 2024 a 2030, segundo levantamento da Grand View Research

Há estimativas ainda mais animadoras, como a do 360 Research Reports cuja pesquisa aponta para uma crescente anual na casa dos 4,94%, também em escala planetária. 

Olhando especificamente para o Brasil, vemos que o setor varejista de alimentos também é bastante influente.

Por aqui, esse importante braço da economia deverá crescer anualmente 6,60% entre 2024 e 2028, conforme estudo da Statista.

Dentro desse ecossistema, sobressai-se facilmente o ramo de supermercados e mercearias. Ele, em 2023, mostrou-se composto por ao menos 94.706 lojas de Norte a Sul do país, atendendo diariamente a 28 milhões de consumidores.

O Sudeste é a região que concentra a maior parte do universo supermercadista (50,3%), com 7.046 lojas. Em seguida, temos o pelo Sul (26% do mercado), com 1.835 lojas, de acordo com a Abras.

Quais são os principais tipos de varejo alimentar? 

1. Atacados 

No contexto do varejo alimentar, representam uma modalidade de negócio focada na venda de produtos em grandes quantidades, geralmente a preços mais baixos do que os encontrados no varejo tradicional. 

São atraentes para pequenos comerciantes, restaurantes, e outros negócios que necessitam adquirir estoque em volume, permitindo que eles se beneficiem de economias de escala.

Além disso, frequentemente oferecem uma ampla variedade de produtos sob o mesmo teto, variando de secos e enlatados a frescos e congelados.

Destacam-se pela alta capacidade de atender a uma base de clientes diversificada e de grande volume.

2. Hipermercados

Combinam a vasta oferta de produtos alimentícios com itens de outras categorias, como eletrodomésticos e vestuário, em um único espaço. 

É o formato ideal para consumidores que preferem realizar todas as compras em um lugar só, oferecendo conveniência e variedade

Do ponto de vista empresarial, destaca-se por captar uma ampla gama de clientes, graças à diversificação de produtos e serviços fornecidos.

3. Supermercados

São estabelecimentos de médio porte, focados na venda de produtos alimentícios, além de itens de uso diário.

Compõem um modelo de varejo conhecido pela proximidade com os consumidores, especialmente gerando experiências de compra rápidas e eficientes.

Para investidores, os supermercados representam uma opção sólida, com fluxo constante de clientes e a possibilidade de fidelização via atendimento personalizado e sortimento adequado.

4. Minimercados

Também chamados de mercados de vizinhança. Operam em espaços menores e com um sortimento mais limitado, com alta rotatividade de produtos básicos. 

O foco, neste modelo, é nas necessidades mais imediatas dos consumidores locais — conveniência e tratamento de alta proximidade são palavras-chave.

Os minimercados representam oportunidades de investimento em áreas residenciais e requerem operações enxutas.

5. Varejo alimentar online

Em exponencial crescimento, o e-commerce alimentar oferece aos consumidores a comodidade de comprar via lojas virtuais ou aplicativos e receber em domicílio.

É um formato de negócio que apela para a conveniência digital, atendendo às demandas de um consumidor atualizado e ocupado. 

Representa um campo fértil para inovação e expansão, exigindo logística eficiente e uma forte presença online. Além de alta eficiência logística para disputar com uma concorrência grande e altamente sofisticada.

6. Lojas de conveniência

São pequenos estabelecimentos localizados estrategicamente — por exemplo, em postos de gasolina —, normalmente em áreas urbanas de alta densidade demográfica.

Oferecem produtos para necessidades imediatas e consumo rápido, funcionando em horários estendidos e, nas grandes cidades, durante as 24 horas. 

Por isso, é ideal para vendas de impulso ou de última hora,  caracterizando-se pelo alto giro de produtos com margens de lucro elevadas.

7. Hortifrutis

São pontos de vendas especializados na comercialização de frutas, verduras e legumes frescos. 

São partes de um segmento que apela para consumidores responsáveis pela preparação de refeições para a família, e, normalmente, estão associados à saúde e ao bem-estar. 

Para empresários e investidores, os hortifrutis representam uma chance de se diferenciar no mercado alimentar, focando na frescura e na qualidade como principais atrativos.

8. Mercearias e mercados de bairro

São estabelecimentos tradicionais que oferecem um sortimento básico de produtos alimentícios e de uso diário, fortalecendo o comércio local. 

Eles se destacam pela proximidade com os moradores, oferecendo um atendimento mais pessoal e adaptado às realidades locais. 

Representam uma oportunidade de estabelecer raízes profundas em locais específicas, com potencial de alta fidelização.

9. Lojas de departamento

Embora não sejam focadas exclusivamente em alimentos, muitas vezes oferecem uma seção dedicada a produtos alimentícios gourmet ou importados. 

Compõem um modelo varejista que atrai consumidores em busca de experiências de compra diversificadas e, em muitos casos, de luxo. 

São, normalmente, associadas ao chamado consumidor ‘premium’, com potencial para pagar mais por produtos exclusivos ou de alta qualidade.

Qual a categoria de varejo alimentar ideal para investir?

Investir no varejo alimentar exige uma análise cuidadosa de diversas variáveis para identificar a categoria ideal. 

Uma das mais importantes é a localidade, pois ela influencia diretamente no sucesso do empreendimento. 

A densidade populacional, o perfil dos clientes e o poder de compra são aspectos que não podem ser ignorados.

Áreas com alta densidade populacional concentram um volume considerável de clientes potenciais. Contudo, também podem ser compostas de alta concorrência.

Por outro lado, regiões menos povoadas podem ter menos competidores, mas o volume de vendas pode ser limitado. 

O perfil dos clientes da região, incluindo idade, preferências alimentares e estilo de vida, são fatores importantes, especialmente guiando a seleção do sortimento de produtos. 

Regiões com uma população mais jovem e orientada para a saúde, por exemplo, são aderentes a categorias como alimentos orgânicos e opções veganas.

Já localidades com muitas famílias normalmente têm uma demanda maior por produtos de conveniência e prontos para o consumo.

O poder de compra dos clientes é outro fator a ser minuciosamente avaliado. 

Investir em categorias de produtos premium pode ser lucrativo em áreas com alta renda, enquanto aquelas que concentram população de menor poder aquisitivo costumam demandar uma ênfase maior em itens básicos e de valor mais baixo. 

Além disso, tendências de consumo e inovações tecnológicas também desempenham um papel importante na estratégia de investimento no varejo de alimentos. 

A crescente demanda por compras online e entrega em domicílio, por exemplo, determina a escolha da categoria de negócio.

Analisando o cenário atual, empreendimentos que oferecem produtos sustentáveis, saudáveis e convenientes parecem estar em alta. 

Afinal, há uma tendência crescente para produtos que atendam às preocupações ambientais e de saúde dos consumidores. 

Deve-se olhar também para a capacidade de oferecer uma experiência de compra personalizada e conveniente. Seja por meio de tecnologias inovadoras ou serviços excepcionais, que normalmente são grandes diferenciais competitivos.

Conclusão

Não existe uma resposta única para a categoria ideal de varejo alimentar para investir. 

A decisão deve ser baseada em uma compreensão profunda da localidade, das tendências de mercado e do investimento em inovações tecnológicas. 

Pode-se dizer que a chave para o sucesso é adaptar a oferta de produtos e serviços às necessidades e desejos específicos da população local, garantindo assim a relevância e a competitividade do negócio.

Qual desses tipos de varejo alimentar está mais condizente com a sua estratégia de investimento?

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