Publicado em 04/01/2024

D2C: Saiba o que é, vantagens, oportunidades e muito mais

D2C: Saiba o que é, vantagens, oportunidades e muito mais

Geofusion Victor Melo
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No setor de indústrias, o modelo de negócios D2C tem sido uma ótima saída para quem quer manter o padrão de qualidade da própria marca, mantendo um controle tanto em sua cadeia logística quanto no atendimento aos shoppers.

Este é um mercado que funciona bem para empresas que possuem especificidades importantes que as distinguem fortemente de seus concorrentes.

Por exemplo, uma companhia que trabalhe com alimentos nutritivos pode dar mais atenção a parte de seu público – como idosos ou pessoas que tenham determinadas restrições – treinando consultores que darão o devido suporte a ele.

Outro caso é o de fabricantes que tenham foco em oferecer experiências únicas a seus consumidores, seja na loja, seja na personalização de produtos.

Neste conteúdo, falaremos a respeito disso, e de como o uso da inteligência geográfica está bastante ligado ao desenvolvimento dessas estratégias.

O que é D2C?

D2C, também chamado de DTC, é uma abreviação de “Direct to consumer” – ou, em português, “Direto ao consumidor”.

Diferentemente de grande parte das indústrias, neste tipo as empresas investem em vendas que ocorrem sem a participação de intermediários na distribuição.

Ou seja, o produto chega ao shopper sem que precise passar por varejistas, atacadistas ou distribuidores.

No entanto, isso não significa que esses players necessariamente fiquem de fora da estratégia da companhia.

Se, por um lado, há quem prefira que todo esse atendimento aconteça 100% por parte da própria marca, por outro há situações em que apenas algumas linhas de seu mix funcionem dessa maneira.

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Como funciona o modelo D2C?

No mercado D2C, há algumas possibilidades e fatores que, embora em outros modelos sejam mais comuns aos intermediários, passam então a fazer parte da realidade da própria fabricante.

São alguns deles:

  • Vendas em canais digitais: ecommerces e marketplaces são formas de encurtar o caminho até o shopper, fazendo com que muitas indústrias passem a investir nesses meios de comunicação;
  • Reforço logístico: o cuidado com o armazenamento, embalagem e envio dos produtos precisam ser redobrados, uma vez que toda a responsabilidade pela entrega se torna da fabricante;
  • Maior atenção ao atendimento: dependendo da empresa, é necessário realizar o treinamento de vendedores, revendedores ou consultores aptos a entender as particularidades de cada perfil de consumidor.

Apesar de, a princípio, parecer um acúmulo de compromissos e tarefas, existem muitos benefícios nesse tipo de estratégia. Confira algumas delas.

Quais as vantagens do modelo de negócios D2C?

Uma indústria que investe em vendas diretas ou em lojas próprias, por exemplo, não precisa repassar seus lucros aos intermediários, o que consequentemente faz com que sua margem aumente.

Além disso, ela consegue oferecer preços mais baixos aos seus shoppers, justamente porque não há outros integrantes nessa cadeia.

Este é um fator de particular importância, pois pode implicar em um crescimento no nível de satisfação deles com as suas ofertas.

Outra vantagem é a proximidade com os consumidores, permitindo maior entendimento a respeito dos hábitos, preferências e características específicas que eles tenham.

Neste aspecto, os locais de atuação da empresa se tornam particularmente relevantes, uma vez que diversos planejamentos podem ser desenhados para alavancar os seus resultados.

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De que forma a inteligência geográfica se aplica ao D2C?

A inteligência geográfica de mercado é um conhecimento que permite fazer cruzamentos de dados sobre a população de um determinado lugar, seu comportamento de consumo e as características das empresas existentes naquele território.

Com ela, sua empresa D2C consegue:

1. Descobrir o perfil do shopper

Independentemente se as suas vendas ocorrerão por meio de vendedores ou abertura de estabelecimentos, é importante saber onde há predominância do público-alvo que você visa atingir.

Seus produtos demandam pessoas que tenham um poder aquisitivo mais alto? Então é necessário identificar quais os locais em que as pessoas têm renda suficiente para consumi-los.

Mais do que isso, é fundamental entender também se quem mora ou frequenta aquela região de fato têm interesse em comprar o que você tem a oferecer.

2. Mapear lojas concorrentes

Aí está mais um aspecto no qual as dores do varejista passam a ser diretamente da fabricante na estratégia D2C: ganhos ou perdas de market share afetarão o seu próprio estabelecimento.

Por isso, saber encontrar as áreas em que há menos unidades de competidores do seu segmento será importante desde antes da abertura do ponto, pois é algo que provavelmente impactará sua performance ao longo de vários anos.

Imagine que, além de todos os custos de produção e comercialização de produtos, existe ainda a implementação de um espaço físico próspero: errar não é uma opção.

3. Personalização de ofertas

No modelo direct to consumer, existem muitas possibilidades de fazer com que seu mix chegue de maneira mais bem direcionada ao shopper.

Exemplo disso é já na escolha do imóvel: se ele fica em vias com alto fluxo de pessoas indo trabalhar ou estudar, isso já indica algo do público que irá atrair; se fica em um shopping center, talvez outros fatores devam ser levados em consideração.

O próprio contato com o consumidor final também poderá trazer cada vez mais insights a respeito de qual linha deve ser vendida, quando, como e por quê, permitindo a obtenção de dados relevantes para estratégias cada vez mais potentes.

Dos tons mais quentes aos mais frios, intensidade de fluxo de passantes em Joinville (SC)

Conclusão

Ao investir no mercado D2C, a indústria assume para si uma série de desafios que, em outros modelos, seriam repassados aos seus intermediários.

Por outro lado, estar mais perto da pessoa que de fato compra seus produtos faz com que haja vantagens para ambos os lados: sua empresa e o shopper.

Esses ganhos podem ocorrer nas mais diferentes frentes da empresa, desde que as variáveis certas sejam levadas em consideração.

O uso da inteligência geográfica é o caminho para isso. Saiba mais a respeito neste conteúdo exclusivo:

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