Se você está em busca de saber como abrir uma franquia, comece tendo em mente que esse modelo de negócio é altamente promissor.
Para se ter uma ideia, o mercado brasileiro de franquias movimentou cerca de R$ 240,6 bilhões em 2023; e a projeção para 2024 é de crescimento superior a 10%, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF).
Ainda segundo a ABF, o segmento de franchising nacional bateu recordes de geração de emprego. Nele, foram gerados mais de 1,7 milhão de postos de trabalho em 2023, o que representa uma crescente de 7,1% na comparação com 2022.
Vamos refletir com profundidade sobre esse tema?
Continue lendo para ver:
Uma franquia é um modelo de negócios em que o proprietário de uma empresa (o franqueador) concede alguns direitos a um empresário (o franqueado).
Nessa parceria, o franqueado paga uma taxa ao franqueador para usar a marca e/ou o sistema do franqueador para vender produtos ou serviços por um tempo determinado em contrato.
Na maioria dos acordos, os franqueados podem usufruir do conhecimento existente, e precisam sempre seguir os padrões do empreendimento franqueador.
Alguns exemplos de empresas franqueadoras mundialmente conhecidas incluem Subway, McDonald’s, Pizza Hut e Burger King.
É interessante saber também que a palavra “franquia” vem do verbo francês franchir, que significa “libertar”, e de franc, que significa “livre”.
No detalhe, trata-se de um método de distribuição de produtos ou serviços que envolve:
O contrato que vincula as duas partes é a “franquia”. Contudo, esse termo se refere mais comumente ao negócio real que o franqueado opera.
Já a prática de criação e distribuição da marca e do sistema de franquia é mais frequentemente chamada de franchising.
O mercado brasileiro de franchising mostra uma trajetória de crescimento e adaptação nos últimos anos. Ele se destaca pela diversidade de segmentos e pela capacidade de se adaptar às novas demandas dos consumidores.
Com a economia se estabilizando, espera-se que o setor continue a crescer, impulsionado por inovações e pela entrada de novas marcas, nacionais e internacionais.
Inclusive, modificações nos marcos regulatórios sinalizam ventos favoráveis. Por exemplo, recentemente foram eliminados requisitos onerosos e atrasos nas transações de franchising transfronteiriças.
A partir de janeiro de 2024, a Lei 14.596/2023 retirou a necessidade de registro de contratos de franquia internacionais com o INPI.
Dessa forma, os franqueados brasileiros reduzem pagamentos aos franqueadores como despesas comerciais para fins de imposto de renda corporativo (IRPF) local.
Isso sem as formalidades anteriores, que incluíam a comprovação de propriedade de marcas registradas no país e a notarização e legalização/apostilamento de assinaturas de partes estrangeiras.
As chamadas “franquias baratas”, que permitem empreender com investimentos mais acessíveis, também vêm ganhando espaço.
Elas, aliás, registraram aumento de 11,4% no faturamento apenas no terceiro trimestre de 2023, alcançando R$ 62,676 bilhões, de acordo com a ABF.
Quanto às tendências para o franchising brasileiro em 2024 e além, elas incluem a expansão de franquias em segmentos como alimentação, saúde, beleza e bem-estar, educação e serviços em geral.
Essas perspectivas estão intimamente ligadas à digitalização dos negócios e ao uso de tecnologias para melhorar a experiência do cliente e otimizar operações.
Além disso, a sustentabilidade e as práticas socialmente responsáveis estão permeando a pujança desse ecossistema — respondendo aos anseios de consumidores e investidores.
Entender como abrir uma franquia pode ser um excelente negócio. Confira, a seguir, um detalhamento das principais razões para fazer isso. A seguir, entenda quais são elas.
O modelo de franquia permite ao franqueado expandir sua base de atuação com mais rapidez do que seria possível com uma marca própria.
Por meio de um contrato com um franqueador, pode-se abrir pontos comerciais em diferentes locais, aproveitando uma marca bem posicionada no mercado.
A expansão com franquias dá ao franqueado acesso ao conhecimento acumulado pelos franqueadores, que já fizeram testes e chegaram ao sucesso.
Basicamente, a eficácia da operação e a satisfação do cliente são alcançadas com mais rapidez, pois as diretrizes a serem seguidas já foram validadas.
Franquias minimizam os riscos associados à expansão.
Isso porque os franqueadores têm conhecimento acumulado e compartilham isso com os franqueados. Estes, por sua vez, não passam pelas etapas de testes e equívocos tão caros ao empreendedorismo.
As possibilidades de perdas financeiras são minimizadas, especialmente se houver um bom direcionamento por parte dos detentores da marca.
O sistema de franquia atrai empreendedores interessados em operar sob um nome conhecido, garantindo uma base de clientes desde o início da operação da nova unidade.
Também a diversificação do fluxo de receita é um ganho significativo para quem investe em franquias.
Em vez de passar pelos percalços de estabelecer uma nova marca, ou de expandir um negócio próprio, são abertos estabelecimentos com uma marca já conhecida pelo público-alvo.
Franqueados conseguem embarcar em processos inovadores que já estão em andamento — já foram validados no mercado e, portanto, são seguros para implementação.
Eles conseguem unir essa realidade a seu conhecimento das localidades que já conhecem. Dessa forma, conseguem inclusive contribuir para que os franqueadores — compartilhando experiências e insights para desenvolvimento de novos produtos, serviços ou estratégias de Marketing, e assim por diante.
O modelo de franquia garante ao franqueado que sua operação seguirá padrões já estabelecidos, assegurando a qualidade e a consistência do negócio.
Ele se vale de programas de treinamento e suporte contínuo, para que suas equipes operem de acordo com as diretrizes da marca.
Agora, quanto custa uma franquia? Esse é um questionamento bem básico de quem está estudando sobre como abrir uma franquia.
Confira, nos tópicos que seguem, alguns fatores a serem observados para se chegar a essa resposta.
As microfranquias se caracterizam pelo baixo custo de investimento, sendo uma opção ideal para quem busca alternativas acessíveis para entrada neste mercado.
Em 2024, os custos para abrir uma microfranquia no Brasil variam entre R$ 44 mil e R$ 54 mil; e o teto gira em torno de R$ 105 mil. Isso segundo levantamento Associação Brasileira de Franchising (ABF).
Em muitos casos, esses valores abarcam a taxa de franquia, o capital de instalação e o capital de giro inicial.
É também válido pontuar que são encontradas opções de microfranquias bem mais acessíveis — com aportes a partir de R$ 2 mil. Neste caso, entram negócios com operações bastante simplificadas e que podem até ser trabalhadas em home office.
Quanto à vantagem das microfranquias, ela gira em torno da possibilidade de trabalhar com operações enxutas, com modelos prontos e apoio do franqueador. Portanto, elas são indicadas a empreendedores que estão começando e querem sentir a temperatura desse ambiente de negócios.
Para quem está buscando informações sobre como abrir uma franquia nos moldes tradicionais, o custo médio de abertura em 2024 varia entre R$ 10 mil e R$ 3 milhões. Isso dependendo do setor e do modelo de negócio escolhido, de acordo com a ABF.
Franquias nos setores de alimentação, saúde e beleza, por exemplo, tendem a exigir investimentos mais elevados. Já segmentos como serviços e tecnologia costumam ter opções de custos de abertura mais baixos.
Ainda segundo a ABF, o payback de uma franquia tradicional ocorre, em média, entre 18 e 36 meses. Mais uma vez, dependendo do setor, da localização e, é claro, da eficiência da operação conduzida pelo franqueado.
Além do investimento inicial, ao estudar a abertura de uma franquia é fundamental considerar uma série de outros custos. Por exemplo:
Veja agora como ter uma franquia de sucesso a partir dos passos que detalhamos a seguir.
Tendo em mente o tipo de franquia e também o segmento no qual quer atuar, o primeiro passo a ser dado é analisar o mercado. Isso inclui entender a demanda para o produto ou serviço na região em que se quer operar, bem como entender os perfis de consumidores e se as marcas franqueadoras que estão sendo consideradas são aderentes a eles.
Nesta análise é muito importante também olhar para a concorrência. Tanto a já estabelecida quanto a que pode vir a se instalar nas regiões onde há interesse de abrir os estabelecimentos.
Paralelamente, deve-se olhar para a capacidade financeira disponível ou captável. Ou seja, olhar para o caixa e também para as possibilidades de obtenção de investimentos e crédito.
Essa avaliação precisa levar em conta as necessidades orçamentárias para os tipos de franquias que estão no radar. Ela requer entendimento dos valores de investimento e capital de giro necessários, bem como o período entre o início das operações e o retorno.
Ela tem que abranger custos fixos e variáveis, bem como oportunidades que podem ser criadas junto a potenciais parceiros locais, entre outras frentes.
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Feito isso, uma revisão nos tipos de franquia com os quais se quer trabalhar também é bem-vinda. Muitas vezes, o que se idealiza inicialmente pode mudar significativamente a partir do estudo mais aprofundado do negócio e das disponibilidades financeiras.
É importante olhar para os tipos tradicionais de franquias e verificar qual (ou quais) deles se encaixam no plano de negócios que está sendo desenhado.
Eles incluem: franquias unitárias, de múltiplas unidades, de conversão, microfranquias, home based, de desenvolvimento de área… Cada uma delas tem suas características e possibilidades de aderência ao perfil de empreendedorismo em questão.
Em seguida, parte-se para a busca das franquias disponíveis para as regiões onde se quer operar. Essa pesquisa hoje está mais facilitada, pois as franqueadoras investem bastante em comunicação digital.
Também é interessante participar de feiras de franchising e outros eventos onde o intercâmbio de ideias e o benchmarking são bastante facilitados.
A partir dessa investigação, chega-se a uma lista de possíveis marcas a serem representadas. Logo, é preciso ter um olhar minucioso para as exigências dos potenciais franqueadores — operacionais, estratégicas, de investimentos, entre outras.
Vale a pena listar também as vantagens e desvantagens de cada uma das opções. Dessa forma, fica mais fácil visualizar o que, de fato, serve ao plano de negócios desenvolvido ou em desenvolvimento.
Com essa atitude, a listagem tende a diminuir, ficando no radar apenas as opções mais viáveis e vantajosas.
Com a lista de potenciais franqueadores bem definida, é hora de fazer contato com eles. Isso de maneira objetiva e formal.
O departamento de expansão das franqueadoras é o que deve ser procurado para iniciar as conversas. Ele normalmente tem formulários a serem preenchidos no site, além de outras formas de contato, como e-mail e telefone.
Deve-se solicitar informações bem detalhadas sobre a franquia — modelo de negócio, investimentos necessários, suporte oferecido… Enfim, é importante não ter receio de perguntar.
Normalmente após reuniões presenciais ou via videoconferência, as franqueadoras enviam sua Circular de Oferta de Franquia (COF) — completa ou em resumo, a depender do andar da negociação.
Neste documento são esclarecidos os direitos e as obrigações de ambas as partes. Ele deve ser lido com atenção e, preferencialmente, com auxílio jurídico para interpretar os detalhes contratuais propostos.
Digamos que a conversa andou de maneira bem positiva com uma rede de franquia. Neste caso, o próximo passo é a escolha da localidade (ou das localidades) para a abertura da unidade.
Normalmente, isso é feito em conjunto com o franqueador, que recomenda territórios — em alguns casos, cabe ao franqueado apenas optar por um deles, em outros há um pouco mais de liberdade de escolha.
A escolha do local onde abrir uma unidade de franquia deve estar amparada em questões como:
Esses fatores devem ser avaliados com pesquisas profundas, baseadas em dados e variáveis atualizados e de fontes confiáveis.
Também é indispensável planejar os investimentos detalhadamente.
Conforme já adiantamos, além do valor inicial para a franquia, que inclui a taxa de franquia e os custos de instalação, outros gastos devem ser considerados.
Esses incluem o capital de giro, despesas com marketing local, treinamento de funcionários, compra de estoque inicial e possíveis adaptações no ponto comercial. E mais: é importante se certificar de incluir uma margem de segurança no orçamento para imprevistos.
Uma dica importante é planejar o fluxo de caixa para os primeiros meses de operação, já que o retorno do investimento pode levar algum tempo, dependendo do tipo de franquia.
Mesmo após a abertura da franquia, o trabalho não termina. Pelo contrário, um dos pilares para o sucesso de uma unidade franqueada é o compromisso com atualizações e melhorias contínuas.
Isso significa acompanhar as tendências de mercado, implementar inovações sugeridas pela franqueadora e manter o treinamento constante da equipe.
Também é importante prestar atenção ao feedback dos clientes e ajustar a operação sempre que necessário. Sempre tendo em perspectiva a manutenção da qualidade e a evolução do serviço. Só assim pode-se garantir a competitividade e o crescimento sustentável.
Também não tem como pensar sobre como abrir uma franquia de sucesso sem refletir sobre os erros a serem evitados. Veja, nos tópicos que seguem, quais são os mais comuns.
A falta da pesquisa de mercado é um erro bastante contundente, sobretudo em termos locais. Ela dificulta o entendimento do potencial da região para o produto ou serviço oferecido, bem como do perfil de consumo do público.
Sem falar que ignorar as fortalezas e fraquezas dos concorrentes diretos ou indiretos é a receita para a redução da competitividade.
Um ponto importante: é preciso ir além das informações fornecidas pelo franqueador, buscando conversar com outros empreendedores regionais, com consumidores e parceiros de negócios.
Também não tem como ter uma franquia de sucesso cometendo este erro: subestimar o orçamento e o tempo necessários para a obtenção do retorno do investimento.
Muitos franqueados falham em prever o capital de giro necessário para manter a operação nos primeiros meses, quando o fluxo de caixa ainda pode ser baixo.
O problema é que ignorar esses fatores costuma levar à falta de liquidez e, no extremo, ao fechamento precoce da unidade.
Há também empreendedores que cometem o erro de escolher um setor apenas pelo seu potencial de retorno financeiro, sem considerar se o negócio está alinhado com seu perfil e habilidades.
Nunca se pode perder de vista que investir em uma franquia exige envolvimento direto, especialmente nos primeiros anos. Por isso, a afinidade com a área de atuação é indispensável.
A identificação com o segmento facilita a gestão e aumenta as chances de sucesso. Por outro lado, a falta dessa conexão, na maioria das vezes, resulta em desmotivação e falhas estratégicas e operacionais.
Abrir uma franquia de sucesso requer aproveitar análises detalhadas do mercado, concorrência e demanda para maximizar as chances de sucesso.
Ao escolher o local ideal com base no fluxo de pessoas e na análise da concorrência, realizar uma pesquisa de mercado para avaliar a demanda, planejar cuidadosamente os investimentos e estar sempre atento a atualizações e melhorias contínuas, os franqueadores conseguem se posicionar de maneira vantajosa no mercado.
Para isso, vale a pena investir em inteligência geográfica. Este método ajuda a minimizar riscos e capitalizar sobre a inovação local, garantindo uma operação eficaz e lucrativa. Ele emerge como um componente estratégico diferenciado no planejamento e na execução de uma estratégia de ganho de mercado via franquias.
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