O IDH do Brasil é um importante indicador acompanhado pelas empresas para definir estratégias de mercado.
Essa é uma métrica que pode ser utilizada por diferentes áreas de uma mesma companhia, como as de Expansão, Marketing, ESG, Supply Chain, entre outras.
No varejo, por exemplo, o dado auxilia a descobrir onde estão os lugares com maiores perspectivas de crescimento, possibilitando a elaboração de ações eficazes para abrir novas lojas, realizar vendas direcionadas ao público-alvo, e assim por diante.
Na indústria, serve ainda para fazer gerenciamento de categorias, distribuição de produtos de acordo com o local, e vários outros tipos de planejamento.
Afinal, regiões que possuem um IDH mais alto costumam ter uma população com maior poder aquisitivo, o que aumenta a probabilidade de consumirem bens ou serviços mais custosos.
Já nos locais em que ele é baixo, podem ocorrer investimentos em Responsabilidade Social e Inclusão.
Neste conteúdo, falaremos mais sobre os diversos usos e aplicações disso no mercado. Confira.
O Índice de Desenvolvimento Humano foi criado pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) na década de 1990 como forma de entender a qualidade de vida das pessoas.
Até então, muitas das análises realizadas tanto no setor público quanto privado tinham como foco indicadores econômicos que nem sempre levavam em consideração determinados fatores sociais que afetam os países.
Sendo assim, o IDH é uma referência para definição de projetos de cooperação internacional, iniciativas sociais ou mesmo segmentação de nichos mercadológicos.
Ele avalia três principais pilares – saúde, educação e padrão de vida – sobre os quais abordaremos nos próximos tópicos.
O IDH do Brasil segue o mesmo padrão dos outros países, uma vez que são acompanhados os mesmos critérios para obter uma média geral de desenvolvimento.
Os dados considerados nesse indicador são:
A partir dessas informações, é realizado um cálculo estatístico no qual o resultado pode variar de 0 – sendo este o mais baixo – a 1 – que é o mais alto.
Essa avaliação é divulgada anualmente, possibilitando às organizações acompanharem o crescimento ou diminuição da qualidade de vida ao longo do tempo, identificando desafios e oportunidades de atuação.
Além dos dados da PNUD, é possível saber também o Índice de Desenvolvimento Humano por Município (IDHM), informação divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) adaptando os indicadores globais às especificidades do país.
São Caetano do Sul, localizada no estado de São Paulo, é a cidade com o maior IDH do Brasil, ficando em primeiro lugar nos três principais critérios do índice.
Quando consideradas cada uma das cidades, o ranking com as que mais se destacam e suas respectivas médias são:
Ao todo, 1.933 municípios são classificados com um IDH alto ou muito alto, o que é possível observar em verde no mapa abaixo – enquanto os tons em amarelo mostram onde esse resultado é médio e, em vermelho, baixo ou muito baixo:
Ainda que o Brasil tenha um alto desempenho no Índice de Desenvolvimento Humano, sua nota fica um pouco distante dos países que lideram o ranking, quando realizada uma comparação de âmbito global.
Neste aspecto, os principais da lista são:
O Brasil ocupa o 84º lugar na classificação de países com maior qualidade de vida. Embora tenham ocorrido iniciativas que melhoram seu desempenho neste indicador – tópico que abordaremos neste conteúdo -, ainda há desafios a serem superados.
Entre eles estão a concentração de renda do país, a falta de acesso de parte da população ao saneamento básico e à educação e a violência urbana.
Se, de certa forma, esses fatores dificultam a elaboração de estratégias de mercado, ao mesmo tempo eles indicam a necessidade de pensar em ações que unam os ganhos empresariais à geração de oportunidades para a sociedade como um todo.
O Índice de Desenvolvimento Humano tem impactos em diversos setores, tanto no que diz respeito aos investimentos quanto à produtividade.
Uma vez que ele está bastante associado ao acesso à educação, aos bens e serviços e ao poder de compra, isso acaba impactando na qualificação dos profissionais de cada região e também ao mercado interno dos países.
A qualidade de vida de uma população está bastante atrelada ao desenvolvimento de um determinado local, pois ambos os fatores se influenciam mutuamente.
Em outras palavras, é comum que as empresas decidam priorizar seus investimentos em lugares que têm apresentado um bom IDH.
Afinal, regiões com maior quantidade de recursos que estimulam o consumo também possuem maior probabilidade de trazerem retorno em vendas.
Mas o contrário também acontece: a expansão de ofertas em segmentos como ensino e saúde podem ser incentivos para que haja aumento no bem-estar das pessoas que moram ou frequentam determinada região.
São muitos os aspectos nos quais o IDH impacta na performance e na possibilidade de crescimento das empresas. Alguns deles são:
Por isso, é importante ficar de olho nesses indicadores para aproveitar oportunidades de crescimento nos negócios.
A China é um caso bastante conhecido de país que aumentou seu Índice de Desenvolvimento Humano nas últimas décadas.
Enquanto anos atrás seu território era predominantemente rural, o investimento em urbanização, melhoria nos serviços sanitários, mudanças econômicas e ações de redução da pobreza são alguns dos aspectos que potencializaram seu crescimento.
Coreia do Sul, Chile e Índia são outros exemplos de lugares que melhoraram sua posição nesse ranking. Além dos aprimoramentos no atendimento à população, os incentivos à industrialização foram importantes para impulsionar seus indicadores econômicos.
O Brasil também se destaca neste aspecto. Programas sociais de acesso à habitação, expansão dos ensinos básico e superior e diminuição da desigualdade estão entre os fatores que elevaram o IDH do país.
Assim como no restante do mundo, a pandemia do Covid-19 causou diversos impactos no território nacional, consequentemente gerando uma queda nos indicadores de Desenvolvimento Humano.
Junto a isso, os conflitos internacionais e as mudanças climáticas também fazem com que haja um sinal de alerta para as relações econômicas e mercadológicas no país.
Isso porque são variáveis que influenciam seja no intercâmbio de insumos, seja na produção interna.
Por outro lado, novas tecnologias – como inteligência artificial, ferramentas 4.0, entre outras – são tendências que têm otimizado processos nas empresas e no setor público, potencializando o crescimento em diferentes setores.
Além desse aspecto, as medidas de aumento do acesso à educação e inclusão social contribuem para que ocorram avanços na qualidade de vida da população.
O IDH é um indicador bastante significativo para qualquer tipo de empresa. Afinal, ele auxilia a entender quais são os locais com alto potencial de crescimento para os próximos anos.
Aliado a outras informações de mercado, ele se torna uma métrica de grande relevância para mapear oportunidades, contribuindo para o desenvolvimento de pessoas, companhias, cidades ou mesmo regiões inteiras.
Tudo isso pode ser feito por meio de um cruzamento de dados de inteligência geográfica, facilitando o planejamento de estratégias de sucesso.
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