A análise de dados espaciais se aplica a qualquer problema ou questionamento em que o “onde” importa.
Com ela é possível, por exemplo, avaliar milhares de propriedades em algumas horas para definir o melhor local para a abertura de um ponto comercial ou unidade produtiva.
Ela, basicamente, envolve exame, avaliação e modelagem de atributos como localização e relacionamentos que revelam as propriedades geométricas ou geográficas.
Mas isso não é tudo, obviamente.
Vamos entender esse conceito em profundidade e ver como as práticas sob ele vêm beneficiando organizações nos mais variados segmentos do mercado?
Continue lendo para ter uma clara visão sobre:
Tecnicamente falando, as análises espaciais são empregados vários modelos computacionais, métodos analíticos e abordagens algorítmicas. Isso para integrar informações geográficas e determinar sua adequação a um sistema específico.
De modo mais abrangente, estamos falando de um campo de estudo altamente relevante em vários domínios. Da astronomia à agricultura, da saúde à gestão de áreas urbanas, passando pelo comércio, pela indústria e por muitos outros segmentos.
A análise de dados espaciais é um processo de manipulação, interpretação e análise de dados geográficos.
Ela é feita por meio de técnicas específicas que permitem a exploração, modelagem e compreensão de padrões e relações espaciais dentro dos dados.
Quanto à realização das análises espaciais, elas normalmente são empreendidas através de sistemas de informação geográfica (geolocalização, georreferenciamento, geomarketing, entre outros).
Dessa forma, facilita-se a execução de uma variedade de tarefas: desde a seleção de locais até a identificação de agrupamentos e a previsão de mudanças nos padrões ao longo do tempo.
Os objetivos de uma análise de dados espaciais são:
FRAMEWORK BÁSICO DA ANÁLISE DE DADOS ESPACIAIS | |
Exploração | Trabalha-se com dados espaciais existentes ou através de geocodificação, convertendo códigos postais e pontos de latitude/longitude em coordenadas geográficas e projeções específicas. |
Modelagem | Utiliza-se a análise descritiva para calcular valores e formatos, como mapeamentos isocrônicos para visualizar distâncias e tempos de percurso. Entidades geográficas são codificadas como linhas e polígonos para, por exemplo, construir modelos 2D e 3D que representam objetos do mundo real. |
Comparação | Processa-se simultaneamente várias figuras espaciais para calcular áreas de sobreposição ou delimitação.Com isso, gera-se novas informações geográficas em forma de pontos, linhas ou polígonos. |
Previsão | Examina-se como a análise espacial evolui ao longo do tempo para detectar padrões e criar mapas interativos com dados previsionais. |
São muitas as categorias de análise de dados espaciais.
Confira, a seguir, um detalhamento das mais utilizadas pelas empresas, especialmente aquelas em busca de aumento de market share.
Este tipo de análise foca na transformação de dados brutos em informações valiosas, levando em consideração aspectos como localização, posição e distância.
Ao enriquecer os dados com essas dimensões em foco, é possível:
A prática da autocorrelação espacial visa examinar a semelhança entre dados em função de sua proximidade geográfica.
Por exemplo, pode-se investigar se casos de uma determinada doença estão concentrados em certas localidades ou distribuídos aleatoriamente.
Essa análise também ajuda a entender padrões de dispersão de produtos ou serviços e, a partir disso, planejar ações de marketing direcionadas, por exemplo.
Este método analisa a distribuição não uniforme de características dentro de uma área geográfica, identificando variações significativas em diferentes regiões.
Ele permite adaptar estratégias a condições locais específicas, otimizando a alocação de recursos e personalizando ofertas para diferentes nichos.
A prática da interpolação espacial utiliza dados de localizações conhecidas para estimar valores em localidades não observadas.
Ela é amplamente utilizada para modelar fenômenos ambientais – como a temperatura – e pode ser aplicada para prever demandas em regiões onde a coleta de dados é desafiadora ou inexistente.
A regressão espacial incorpora variáveis espaciais e não espaciais para construir modelos preditivos.
Ela é útil para observação acurada de como fatores geográficos influenciam variáveis de interesse, como padrões de consumo.
Dessa forma, permite a identificação de correlações espaciais significativas que podem informar decisões de expansão ou otimização.
Investigar como diferentes entidades geográficas interagem entre si revela insights sobre a dinâmica espacial.
Neste sentido, a análise da interação espacial permite entender como a proximidade ou sobreposição entre áreas influenciam o comportamento do consumidor.
Consequentemente, como impactam a performance de vendas, orientando desenvolvimento de ofertas e estratégias de mercado.
Através da modelagem e simulação, é possível prever mudanças em padrões geográficos ao longo do tempo.
Esse é um tipo de análise que ajuda as empresas a:
O MPS utiliza algoritmos avançados para simular e analisar estruturas espaciais complexas. É um método especialmente relevante para indústrias que operam com recursos naturais. Isso porque permite uma modelagem detalhada de padrões geoespaciais, orientando a exploração e gestão de recursos de forma eficiente.
A análise de dados espaciais é um poderoso recurso para organizações que buscam expandir sua participação de mercado aprimorando a performance comercial, por exemplo.
Veja, a seguir, um detalhamento das frentes nas quais é possível explorá-la como um diferencial competitivo.
As análises espaciais permitem visualizar onde clientes e prospects estão e onde a concorrência é menos intensa.
Isso significa abrir lojas em locais com alta demanda não atendida ou ajustar estratégias para áreas específicas, maximizando o retorno sobre os investimentos.
A eficiência logística é diretamente aprimorada através da modelagem espacial.
Ao entender as distâncias e tempos de percurso, pode-se reduzir custos de entrega, melhorar os tempos de resposta e aumentar a satisfação do cliente.
Uma distribuição otimizada significa também a possibilidade de explorar mercados anteriormente considerados inacessíveis devido a limitações de infraestrutura.
As técnicas de análise espacial também permitem a criação de campanhas de Marketing altamente segmentadas.
Por exemplo, ao entender as características específicas de cada região, fica mais fácil e assertivo personalizar mensagens, ofertas e promoções.
A capacidade de prever tendências de mercado com base na análise de dados ao longo do tempo é um dos maiores benefícios da análise espacial.
Ela proporciona antecipação das mudanças e adaptação de estratégias em tempo hábil para manter o negócio à frente da concorrência.
Dessa forma, observando com mais precisão cenários futuros, é possível tomar decisões informadas sobre expansão, estoque, desenvolvimento de produtos, e assim por diante.
A análise de coordenadas geográficas fornece uma base sólida para a tomada de decisões estratégicas.
Com insights mercadológicos detalhados, pode-se decidir:
Veja, a seguir, um detalhamento de cinco aplicabilidades da análise de dados espaciais no Varejo e na Indústria.
No varejo, a decisão de abrir novas lojas é sempre crítica.
A análise de dados espaciais reduz a complexidade envolvida, pois permite mapear com precisão áreas urbanas de alta demanda e baixa concorrência, identificando locais ideais para expansão.
Ela ajuda a evitar a canibalização, assegurando que novas unidades não prejudiquem as vendas de lojas existentes.
Além disso, auxilia também a compreender o público-alvo em diferentes regiões, possibilitando o ajuste do mix de produtos e serviços para potencializar o sucesso de cada nova unidade.
Também a avaliação da performance de lojas existentes é fundamental para o varejo.
Nisso também a análise espacial também é muito útil, pois fornece insights sobre como a localização impacta o desempenho.
Com ela, ganha-se precisão no entendimento das preferências dos consumidores locais para ajustar estratégias visando aumentar a satisfação e as vendas.
Além disso, é possível refinar o mapeamento de concorrentes, analisar o fluxo de clientes e, a partir disso, identificar oportunidades de melhoria.
Na indústria, gerenciar equipes de vendas com eficácia costuma ser ainda mais trabalhoso que no comércio.
Por isso, muitas companhias recorrem à análise de dados espaciais para organizar territórios de atuação, garantindo que os vendedores cubram áreas com alto potencial de vendas sem sobreposições.
Isso otimiza o tempo e os recursos, aumentando a produtividade da equipe e melhorando a exploração de mercado.
Outro fator crítico é a prospecção de novos pontos de venda (PDVs), determinante para o crescimento industrial.
Neste caso, as análises espaciais ajudam a identificar locais com alto fluxo de potenciais clientes e, ao mesmo tempo, visualizar e investigar a presença de concorrentes.
Ao mapear esses pontos torna-se mais certeiro o direcionamento de esforços de detecção e tratamento de oportunidades. Consequentemente, aumenta-se a penetração e o fortalecimento da presença da marca.
Tanto para o varejo quanto para a indústria, a análise de dados espaciais é uma aliada poderosa quando se trata de Marketing.
Ela é particularmente eficaz para planejar ações de mídia out of home, permitindo a seleção de locais com alta visibilidade e relevância para o público-alvo.
Isso garante que as campanhas atinjam o maior número possível de consumidores potenciais, aumentando os resultados positivos.
A análise de dados espaciais, com suas técnicas e sistemas de informação geográfica, transcende a simples coleta de informações. Ela transforma coordenadas e localizações em insights estratégicos para negócios.
Ao integrar esse modelo analítico em suas operações, varejistas e industriais:
Basicamente, companhias que dominam o uso de dados espaciais e análises geográficas estão melhor equipadas para navegar no complexo ambiente de negócios de hoje.
Isso porque têm meios confiáveis de antecipar desafios e capitalizar oportunidades.
Portanto, investir em análise de dados espaciais é apenas uma escolha estratégica para melhorar a performance e a sustentabilidade dos negócios.
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