Publicado em 25/04/2024

5 dicas de geomarketing para ações com materiais de pontos de vendas (MPDV)

5 dicas de geomarketing para ações com materiais de pontos de vendas (MPDV)

Geofusion Hannah Schroer
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MPDV

Materiais de pontos de vendas, ou MPDV, são determinantes na atratividade e na experiência dos consumidores em um estabelecimento comercial. Eles fazem parte da estratégia de posicionamento das marcas com as quais os comerciantes fazem negócios, beneficiando ambas as partes.

Ajudam a destacar produtos, promover ofertas especiais e transmitir informações importantes, influenciando decisões de compra, entre outros benefícios.

Idealmente, devem criar deleite visual e uma experiência memorável que repercute nos visitantes. Isso por meio da cor, do design gráfico e do conteúdo visual, do uso de materiais, da linguagem e da exibição, ou do merchandising.

Vamos nos aprofundar nessa temática? Continue lendo para ver um detalhamento dos seguintes tópicos:

  • o que é MPDV;
  • quais são os tipos e exemplos de MPDV mais utilizados e como aproveitá-los;
  • como usar o geomarketing para ativações com MPDV;
  • e muito mais!

O que é um material de ponto de venda (MPDV)?

Entremos no detalhe do que é e para que serve um material de ponto de venda. 

Também chamado de material de Marketing de PDV, um MPDV é uma ferramenta utilizada pelos varejistas para promover produtos exatamente onde são vendidos.

Ele visa estabelecer comunicação, principalmente chamando a atenção do shopper para destacar uma marca específica ou categoria de produtos.

Também é interessante saber que o MPDV pode ser físico ou virtual (exibido em telas e displays eletrônicos, por exemplo). Ou, ainda, um híbrido desses dois formatos.

Outro ponto interessante: normalmente materiais de pontos de venda ajudam a fomentar compras por impulso. Ou seja, quando o consumidor não foi ao estabelecimento com a intenção de levar aquele item específico, mas foi impactado pelo MPDV e decidiu ali, de última hora, levá-lo.

Por fim, vale ressaltar que o uso de MPDV não é, ou não deve ser, algo aleatório. Pelo contrário, precisa fazer parte de uma estratégia bem pensada e executada — normalmente por profissionais de Marketing, Trade Marketing e Merchandising, entre outros.

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Quais são os tipos de MPDVs?

Veja, a seguir, alguns exemplos de material de ponto de vendas e como eles podem ser aproveitados por fabricantes (que executam Trade Marketing) e varejistas em seus estabelecimentos.

Display expositor

É uma estrutura utilizada geralmente projetada para ser visualmente impactante, podendo ser feita de diversos materiais, como plástico, metal ou papelão.

Com frequência, displays expositores são usados no lançamento de novos produtos, para destacar ofertas especiais ou promover itens sazonais. Além disso, são versáteis; podem ser colocados em diversos pontos da loja — entradas, corredores, nas proximidades dos caixas, e por aí vai.

Esse MPDV é eficaz também para produtos que necessitam de um “empurrão” extra para melhorar o giro de estoque ou para itens com margens de lucro mais altas. E, quando bem utilizado, ajuda a criar um ambiente de compra dinâmico e atraente, melhorando a experiência geral do shopper e, assim, potencializando as vendas.

Faixa de gôndola

Consiste exatamente em uma faixa estreita, geralmente feita de papel ou plástico, que é fixada na frente ou na borda das prateleiras nas gôndolas.

É um tipo de MPDV que serve para chamar a atenção para produtos específicos, destacar ofertas, promover descontos ou comunicar informações importantes, como benefícios ou características especiais.

Idealmente, as faixas de gôndola são posicionadas diretamente no nível dos olhos do consumidor, perto dos produtos que promovem. Dessa forma, ficam bem visíveis e cumprem com o objetivo — destacar diferenciais e promoções, entre outros, visando influenciar decisões de compra.

Não raro, esse MPDV é composto por cores vibrantes, mensagens claras, enfim,  designs atraentes. Por isso, se usado com parcimônia, pode ser visto pelos clientes como uma facilitação para encontrar logo o que procuram ou descobrir novidades.

Stopper

É também chamado de “shelf stopper” ou “shelf talker”.

Se caracteriza por ser uma peça de material visual que se projeta para fora da prateleira em ângulo, tornando-se visível para quem passa pelos corredores.

Stoppers são excelentes para dar destaque a promoções, novos produtos ou itens em destaque. Eles agem como um “grito visual” — interrompem o padrão usual de compras atraindo o olhar do consumidor, que tende a ficar mais “blasé” diante de tantas marcas.

Esse é um MPDV bastante usado em períodos de vendas sazonais ou promoções de curto prazo, pois podem ser facilmente instalados e removidos sem alterar o layout da loja ou danificar as prateleiras.

Móbile

É um objeto decorativo suspenso, geralmente feito de materiais leves como papel, plástico ou tecido.

Sua principal diferença entre os materiais de pontos de vendas é ser pendurado no teto ou em outras estruturas elevadas, permitindo que gire livremente com o movimento do ar.

Também visa promover produtos ou eventos específicos e adicionar um elemento dinâmico e visualmente atraente ao ambiente comercial. Além disso, é particularmente eficaz em criar um ponto focal e enriquecer a experiência através do movimento e do design.

Por serem colocados acima do nível dos olhos, os móbiles não interferem no espaço de circulação dos shoppers. Ao mesmo tempo, adicionam uma dimensão vertical à apresentação visual da loja.

Isso é especialmente útil em estabelecimentos com espaço limitado no chão ou nas prateleiras. Ademais, a natureza móvel e colorida desse tipo de MPDV serve para atrair a atenção de clientes de todas as idades.

Totem

É uma estrutura vertical independente que pode variar em design, desde simples painéis retangulares até formas mais complexas; geralmente feita de materiais duráveis como plástico, metal ou madeira.

Totens são frequentemente equipados com gráficos chamativos, logotipos da marca e informações promocionais. Por isso, pode-se dizer que são fortes pontos de atração visual — vistos de longe, o que ajuda a orientar os consumidores dentro do espaço comercial.

Além de usado para destacar uma marca ou linha de produtos, é possível lançar mão desse MPDV para direcionar tráfego de clientes, destacar áreas específicas e fornecer informações e orientações.

Com design criativo, um totem reforça a identidade da marca do produto ou do estabelecimento e cria uma impressão memorável para os consumidores.

Wobbler

É um material pequeno e flexível, geralmente feito de plástico ou papel cartão, que é fixado em prateleiras ou gôndolas com uma haste plástica. Isso permite que ele balance ou oscile com o movimento do ar ou quando tocado.

Essa característica chamativa tem o objetivo de capturar a atenção para promoções, produtos novos ou em destaque. Ou seja, trata-se de um MPDV que invariavelmente vai “saltar” aos olhos das pessoas enquanto elas percorrem a loja.

Além disso, vale destacar que os wobblers são eficazes também do ponto de vista de  custo-benefício e versatilidade. Exatamente porque são fáceis de instalar e remover, inclusive, dando aos aos lojistas e promotores de vendas a flexibilidade de alterar rapidamente as campanhas promocionais conforme necessário.

Balcão de degustação

Instalação promocional temporária, o balcão de degustação é bastante usado em supermercados e lojas especializadas para oferecer amostras de produtos aos clientes.

Junto dele, normalmente está um promotor que, além de oferecer a amostra ao shopper, fala sobre as características do produto e convida a comprar, direcionando para o local onde está disponível — nas proximidades da estação, essencialmente.

Estamos falando, portanto, de um tipo de MPDV que promove interatividade com os consumidores. Eles, por sua vez, podem aproveitar para tirar dúvidas com o profissional e, assim, se sentirem confiantes para decidir pela compra.

O que considerar ao planejar ações com materiais de pontos de vendas

Confira, na tabela a seguir, os pontos mais importantes a serem considerados na hora de planejar ativações utilizando MPDV.

AspectoDetalhes a considerar
Avaliação do mercado localDensidade populacional, poder aquisitivo, atividades econômicas predominantes.
Perfil do públicoCaracterísticas demográficas (idade, sexo), hábitos de consumo, preferências de compra.
Potencial de vendasIdentificação de demanda, avaliação da concorrência local, acessibilidade e visibilidade.
Mix de produtosAjuste de produtos conforme a demanda local, destaque para produtos preferidos, promoções adequadas.
Layout da lojaAnálise do fluxo de clientes, posicionamento estratégico dos MPDVs, otimização de pontos quentes.
Estratégias promocionaisOfertas e promoções alinhadas ao perfil do shopper, campanhas de temporada.
Análise de resultadosMonitoramento de vendas, feedback do cliente, ajustes baseados em performance.

4 dicas de geomarketing para ações com materiais de pontos de venda

Lembra que dissemos anteriormente que o uso de materiais de pontos de vendas precisa ser estratégico? Pois bem, vamos refletir agora sobre como usar o geomarketing para planejar e executar ações eficazes com MPDVs.

Tenha em mente: geomarketing é o método de utilização de dados espaciais para diversas finalidades. Desde revelar oportunidades de novos negócios até direcionar campanhas de marketing, passando por segmentação do público-alvo, atração, e muito mais. 

Na prática, com tecnologia especializada, os profissionais que trabalham com geomarketing aproveitam a visualização de mapas para fazer análises e tomar decisões bem orientadas. Isso por meio do cruzamento de informações sociodemográficas, entre outras, das localidades sobre as quais estão investigando.

→ Dê o play no vídeo a seguir para saber um pouco mais:

Dito isso, confira, a seguir, um passo a passo para ter o amparo do geomarketing em suas ações com materiais de pontos de venda.  

1. Compreenda o mercado local

Durante o planejamento de estratégias com MPDVs, é recomendável entender o mercado no entorno dos estabelecimentos comerciais nos quais serão realizadas as ações.

Essa atitude vai facilitar diversas frentes do projeto, inclusive já dando um vislumbre dos tipos de materiais a serem instalados nos PDVs. Por exemplo, pensando na cultura da região.

Utilize ferramentas de geomarketing para analisar a densidade populacional, o poder aquisitivo e o perfil de consumo da zona, as principais atividades econômicas, entre outras variáveis.

2. Entenda o perfil do público do entorno da loja

Após essa compreensão aprofundada, outro passo interessante é estudar o perfil demográfico e os hábitos de consumo do público local. Essas são duas frentes investigativas muito úteis em campanhas de merchandising e marketing de varejo

Neste sentido, soluções de geomarketing possibilitam a análise de dados como idade, gênero, preferências de compra, rotinas diárias dos shoppers, e muito mais.

Com essa compreensão, personalizar os materiais de PDV fica mais fácil e assertivo — de modo que eles ressoem diretamente com as necessidades e desejos do público.

3. Identifique áreas com alto potencial de vendas

Um próximo passo é identificar as zonas geográficas com maior potencial de vendas para seus produtos e que, portanto, merecem o investimento em MPDV. 

A análise de geomarketing vai revelar áreas com menor concorrência ou com uma demanda não atendida. Além disso, fatores como acessibilidade e visibilidade dos pontos de venda ao escolher essas áreas.

MPDV: entenda o potencial de consumo
Potencial de Consumo para produtos de higiene e cuidado pessoal em Natal (RN), por setores censitários. Análise feita com software Geofusion

4. Ajuste seu mix de produtos de acordo com a demanda local

No meio do caminho pode ser que você e sua equipe identifiquem que é preciso fazer ajuste no mix de produtos. Isso por meio dos insights obtidos nas etapas anteriores.

Se a análise mostra uma preferência local por produtos específicos, priorize-os em seus pontos de venda.

Além disso, adapte as promoções e as comunicações em seus materiais de pontos de vendas para destacar os benefícios mais relevantes para a comunidade local.

5. Verifique se há necessidade de reformular o layout da loja

Por fim, vale a pena também avaliar se o layout atual da loja atende às necessidades do público-alvo identificado e estudado por meio do geomarketing. Dessa forma, pode ser interessante alterar o arranjo físico do estabelecimento para facilitar o fluxo de clientes e destacar os produtos mais relevantes.

Ao mesmo tempo, a pesquisa via tecnologia de geomarketing pode indicar a necessidade de reposicionar seus MPDVs. Ou até mesmo realizar mudanças no layout para maximizar a exposição dos produtos e os resultados em vendas.

→ Leia também:

Conclusão

Utilizando o geomarketing, é possível melhorar a inserção de materiais de pontos de vendas, aumentando significativamente a relevância e o impacto das ações.

Esta estratégia orientada por dados assegura que cada decisão contribua para um retorno sobre o investimento mais robusto. 

Paralelamente, contribui para criar e melhorar continuamente a experiência e a satisfação dos consumidores que frequentam o PDV.

O que você achou das perspectivas em torno da temática MPDV que trouxemos aqui?

Aproveite para ler nosso material gratuito sobre como indústrias de bens de consumo e o varejo podem trabalhar em parceria:

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